Em meio a grave crise de saúde que passa o mundo em razão da pandemia do novo coronavírus, o cidadão capixaba no meio disso tudo, ainda precisa enfrentar além da doença, ou do risco de ser acometido pela mesma, a queda de braço entre políticos que transformaram a pandemia em uma verdadeiro palanque eleitoral.
Algum tempo, especialistas anunciaram que medicamentos feitos à base de Cloroquina como a Hidroxocloroquina por exemplo, poderiam ser aliados no combate à doença, a ala mais esquerda da política, entre eles o Governador Renato Casagrande (PSB), relutaram a introdução da medicação como tratamento para enfermidade. Muito em razão de ter sido anunciada pelo presidente Bolsonaro.
De lá pra cá, mais de 1.200 mortes e tentativas de contenção do vírus, todas sem sucesso, já que o número de infectados no ES só aumenta, chegando perto dos 32 mil casos, e o modelo de isolamento social adotado pelo governo estadual, só piorou a situação econômica do Espírito Santo. O desemprego e as dificuldades na economia chegaram, exatamente como previa o Presidente da República, ainda no final de janeiro. Mas mesmo assim, o governador atendendo sua linha ideológica, não consentia a introdução do medicamento que apesar dos riscos conforme ampla divulgação, tem auxiliado na recuperação de pacientes em todo mundo. Até mesmo a OMS (Organização Mundial de Saúde) se enrolou toda ao tratar do tema, hora negando o uso da Cloroquina, e hora se desculpando e orientando o uso.
No ES Casagrande e o Secretário de Saúde Nésio Fernandes, sempre foram contra o uso da medicação (ao menos publicamente), em diversas entrevistas ambos relutaram até onde puderam os efeitos positivos da medicação, baseando-se sempre nas negativas apresentadas principalmente por opositores ao governo Bolsonaro. Todos os medicamentos ministrados a base de cloroquina chegaram ser suspensos por um protocolo da SESA no final de maio.
Agora com mais de 1.200 mortes, o Secretário de Saúde do Estado Nésio Fernandes enviou um comunicado aos municípios na tarde desta sexta-feira (19), liberando o uso da medicação seguindo orientações específicas. Na nota o secretário diz que nunca houve proibição de uso do medicamento, porém uma rápida pesquisa na internet, vai se encontrar várias reportagens com falas tanto de Nésio quanto Casangrande relutando o uso da medicação.
Isso é uma mostra da falta de direção em que se encontra o governo quando o assunto é COVID-19, já que a liberação se dá justamente em desacordo com o que disse a OMS esta semana, quando mais uma vez mudou de posição em relação ao medicamento. Azitromicina, Ivermectina e Hdidroxocloroquina foram novamente contestados pela organização.
Em mais um sinal claro de falta de liderança, o comunicado da SESA transfere a responsabilidade para os municípios tomarem a decisão que entenderem com seu corpo técnico.
Aquele discurso de seguir as orientações da OMS, parece não fazer mais parte das falas das autoridades que estão em apuros, por verem suas medidas não surtirem efeitos positivos no estado e nos municípios.