O percurso da ideologia humana é produzido por processos de construção, desconstrução e reconstrução. Nossos pensamentos, ações e comportamentos dependem de evoluções ideológicas que tendem a passar por modificações envolventes nesses processos.
Desconstruir um ou mais conceitos ideológicos de forma consciente, concisa e com base em novos conhecimentos não significa uma mudança de opinião e/ou caráter informal sem qualquer nexo. Pelo contrário, significa maturidade, aprendizado e humildade para reconhecer e aceitar que o pensamento que fora desconstruído, talvez tenha sido um equívoco pautado na falta de conhecimento que outrora o indivíduo não tinha. Em outras palavras, segundo Isaias Costa (2016), “a desconstrução ideológica deve acontecer devido a falta de consciência em algumas decisões do nosso passado.” Nesse caso, “reconstrução então é repassar algumas ações pela consciência e reconstruir – fazer de forma diferente”.
Costa ainda afirma que “desconstruir é um processo que evita a ‘destruição’ – Pois quando desconstruo, traço outros parâmetros para mim mesmo em ações que fiz no passado. Esses parâmetros são formas amadurecidas para não cometer os mesmos erros”.
Desconstruir para reconstruir é uma necessidade proveniente de atualizações fundamentadas em novos conceitos gerados por novos saberes que nos condicionam e encaminham-nos a novos direcionamentos para melhoramento individual e coletivo, o que certamente refletirá na vivência humana e social. Portanto, é preciso desconstruir para reconstruir para não destruir idéias, planos e projetos que podem ser moldados e melhorados ao invés de destruídos e sepultados.