A sessão desta segunda-feira (01), foi mais um capítulo no debate sobre o polêmico contrato de locação pela Prefeitura de Aracruz de uma ambulância especial para transporte de pessoas infectadas com COIVID-19. Os questionamentos baseiam-se na diferença dos valores dos contratos por cidade diferentes, com empresas iguais, e preços quase três vezes superior. Onde Aracruz segundo Alcântaro deve pagar até R$ 73 mil reais e Fundão R$ 21 mil reais pela mesma ambulância.
Em entrevista ao canal Hudinho Martins no Youtube, Alcântaro reafirmou sua posição e foi além, disse que irá mover uma ação contra a Secretária de Saúde Clenir Avanza por ter o acusado de mentiroso nas redes sociais, “temos imunidade parlamentar para falar e denunciar, por isso não podemos nos calar” disse.
Conforme já publicado por O Diário, o vereador fundamentou sua tese de que há superfaturamento no contrato do aluguel do veículo, usando como base o contrato do município de Fundão e comparando com o contrato de Aracruz. Com isso, juntou as evidências e como advogado preparou uma denúncia formal do Ministério Público que será protocolada essa semana na sede do MP.
O líder do prefeito Jones Cavaglieri (SDD) na Câmara Paulo Neres (PSC), argumentou em defesa da contratação, dizendo ser um contrato diferente e que o valor lá seria menor, pois trata-se apenas de uma ambulância comum, mas Alcântaro usou a palavra e fez a observação de que o contrato é exatamente “igual” e não diferente como apontou Paulo Neres.
Assinaram a denúncia os vereadores Alcântaro Filho (PSD), Fábio Netto (PCdoB), Marcelo Nena (PSD), Celson da Farmácia (Republicanos), Dileuza Del Caro (PSB), Adeir Lozer (Republicanos) e o Presidente da Câmara Paulo Flávio (Republicanos).
Procuramos mais uma vez a Secretaria de Saúde que nos respondeu o seguinte:
“O Vereador Alcântaro mente e está induzindo as pessoas ao erro, além de estar divulgando nas redes sociais notícias falsas e injurias, praticando reiteradamente o crime de denunciação caluniosa e fake news”.
A secretária de Saúde Clenir Avanza reiterou que o valor contratado por mês é 47 mil reais, incluindo nesse valor, 4 motoristas, encargos sociais trabalhistas, horas extras e FGTS, manutenção da frota, EPIS e equipamentos de transporte.
Ela informou que, esse contrato tem por base o pregão eletrônico realizado no início de 2019.
A Secretária questionou, “um fato relevante é que para existir um processo de corrupção, tem que haver danos ao erário. E qual foi o dano??
Ela disse que nenhuma parcela desse contrato foi ainda quitada, pois está na fase de ajustes. E acusou o vereador de estar fazendo palanque eleitoral no pior momento do município. Segundo ela, no meio de uma pandemia e de forma irresponsável, “ele ataca a saúde.”
Sobre a denúncia que será apresentada ao MP Clenir disse “é vergonhosamente um pedido para que o MP investigue o contrato, como se fosse servidor da Câmara e como se já não o fizesse isso rotineiramente.”
Ela terminou com a seguinte fala “a falta de conhecimento, a ira incontrolada as vezes e mais letal do que o Covid19.”