Vergonha nacional, caos

O civismo e patriotismo têm deixado de fazer parte da cultura brasileira. Aos poucos, os métodos do “novo normal” estão sendo implementados na mente dos nossos jovens e cidadãos, que formarão as futuras gerações. São debates sobre temas mais ideológicos ou fúteis, que não conversam com a verdadeira história do Brasil, como outrora se abordavam nas matérias. Uma rápida vasculhada em livros de história e você vai encontrar narrativas como a chamada “golpe de 2013”, quando a então presidente Dilma Rousseff foi deposta de seu mandato como chefe do Executivo.

Outro dia, me deparei com um debate na Assembleia Legislativa de SP, onde deputados ligados a um segmento ideológico questionavam o nome da famosa Rodovia do Bandeirantes. Segundo eles, isso era homenagear opressores e precisaria ser revisto, apagando da história os nomes dos desbravadores que ajudaram a construir a maior cidade do Brasil.

Mas não para por aí. A grande mídia se quer tocou no assunto e pouca gente se lembrou e fez menção ao descobrimento do Brasil, em 22 de abril de 1500. Sim, ontem foi, em tese, o aniversário da nossa pátria-mãe. Usando as redes sociais como um termômetro, você, assim como eu, viu pouca ou quase nenhuma manifestação popular nesse sentido. Nem mesmo pelos chamados patriotas da direita. Ou seja, a história está, aos poucos, sendo reescrita, e fatos e datas antes tão importantes vão se apagando aos poucos, indo embora com as gerações mais maduras.

Trabalhos escolares que abordem essa temática da tão importante data, aos poucos, vão sendo trocados por discussões banais, sem profundidade e sem relevância histórica, do tipo banheiro trans, celular na escola, acabar com o Dia dos Pais para não frustrar quem tem duas mães, e assim por diante. São temas que hoje fazem pauta na formação de nossos filhos.

Quanto ao hino nacional, ao hino da bandeira, ao dia do soldado, da árvore e tantas outras datas que aprendemos na escola... Pergunte ao seu filho ou sobrinhos se eles sabem algum desses, e me responda, por favor. Teria o maior prazer em estar errado.