Quatro órgãos do governo dos Estados Unidos terão de analisar a possibilidade de aplicar sanções ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). No último domingo (13), o magistrado foi duramente criticado por Jason Miller, ex-conselheiro do presidente Donald Trump, que chamou o ministro de “maior ameaça à democracia no hemisfério ocidental”.
Por envolver uma situação com reflexos diplomáticos, qualquer punição a ser aplicada a Moraes terá de receber o aval do Departamento de Estado, chefiado por Marco Rubio, que precisará emitir um parecer. No passado, Rubio chegou a dizer que o bloqueio da rede social X determinado pelo ministro do STF era uma “manobra para minar as liberdades básicas no Brasil”.
Outro órgão a se pronunciar sobre o caso será o Conselho de Segurança Nacional, chefiado pelo coronel Mike Waltz, que é crítico da China e que possui restrições a governos que mantêm proximidade com o país comandado por Xi Jinping, como o Brasil.
Para completar a lista aparecem ainda o Departamento do Tesouro, que tem sido consultado pelo fato de a sanção a Moraes envolver bloqueio financeiro, e o Conselho da Casa Branca, responsável por aconselhar juridicamente o presidente dos EUA. Só depois de cada órgão emitir seu parecer é que Trump deve decidir se aplica ou não sanções a Moraes.
De acordo com o colunista Paulo Cappelli, do site Metrópoles, o governo americano buscou recentemente, em busca de mais informações, o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o jornalista Paulo Figueiredo para fazer perguntas sobre a atuação de Moraes.