Alimentarmos com hambúrgueres, pizzas, pudins, sorvetes, acompanhados de bons refrigerantes e outros alimentos com excesso de açucares e/ou gorduras todos os dias, não há como negar que é satisfatório aos nossos olhos e paladar.
Por volta do ano 55.a.C, em uma de suas famosas cartas, Paulo de Tarso disse que “tudo nos é lícito, mas nem tudo nos convêm” (I Coríntios 6:12).
Lógico que a fala de apóstolo Paulo tinha propósito de lembrar aos corintos que eles tinham o livre arbítrio para fazerem o que quisessem, porém, nem tudo lhes convinha fazer dentro de seus livres arbítrios, mas, nos atribuindo desse conceito paulino e reacendendo isso para a realidade da vida humana, podemos sim, tirar base de tal afirmação, no que tange nossas escolhas e ações.
Voltando ao assunto introdutório, a alimentação, com base na afirmação de Paulo, podemos optar pelo consumo desenfreado do que quisermos, incluindo lanches, refrigerantes e outros alimentos ricos em açucares e/ou gorduras, todos os dias, porém, não convém à nossa saúde, dado que, esses ingredientes fazem muito mal ao nosso organismo. Aí passa a ser uma questão de autoconscientização e escolha, pois, num futuro, talvez bem próximo, a “cobrança” por nossas presentes escolhas, certamente virá.
Isso se aplica também ao cigarro e a bebida alcoólica. O consumo do fumo, do álcool, refrigerantes e alimentos processados fazem muito mal à saúde, mas sua venda é lícita. Claro, o sistema acaba lucrando através dos impostos embutidos na compra e venda desses produtos, e, ainda de quebra, o consumidor adquire vários problemas de saúde, sendo obrigado a consultar médicos e consequentemente gastar com medicamentos, o que acaba gerando ainda mais receitas em prol do sistema governamental.
O que é “apenas” lícito, pode nos trazer diversos transtornos, se esse lícito não nos convir. Por essa razão, observemos se de fato esse lícito, é licito para nós ou apenas para terceiros, como é o caso dos produtos citados nesse texto, que são lícitos, mas arrebenta nossa saúde e nosso bolso, dando-nos à conclusão que não nos convém.