Início nossa conversa de hoje, trazendo o seguinte questionamento retórico que certamente dividirá opiniões: - Na sua opinião, incondicionalmente, todas as pessoas podem ter um animal de estimação (cachorro, gato, pássaro etc.)?
Trago o exposto acima como base dessa matéria, a partir de uma visão social realística, no que tange a realidade da população canina e felina, na qual, observando diversas vias públicas de diversos bairros e cidades capixabas e até pelo Brasil, percebi o grande quantitativo de animais abandonados pelas ruas.
Na verdade, esses animais que hoje são considerados “de rua” (ou errantes), um dia, tiveram donos, até mesmo aqueles que já nasceram nas ruas, levando em conta que quem colocou a cadela mãe na rua, automaticamente é o/a responsável por seus filhotes.
A realidade do Brasil tem sido muito complicada nesse sentido de posse responsável, que, aliás, é coisa muito séria. Segundo a Organização Mundial de Saúde (2023), no ano passado, no Brasil existiam cerca de 30 milhões de animais abandonados pelas ruas.
Quando uma pessoa assume um animal como seu bicho de estimação, independentemente das circunstâncias, essa pessoa precisa calcular os gastos com alimentação, estadia, médico veterinário, entre outros cuidados pertinentes ao bom trato do animal durante todo o processo de sua vida até seu óbito.
Não se trata de preconceito social, mas a verdade é que nem todos têm condições de ter um bichinho de estimação, dado que, quando certas pessoas acham que o animal já não lhes serve mais por algum motivo (doença, tamanho, gastos etc.), grande percentual dessas pessoas prefere abandoná-los à própria sorte, proporcionando a esse bicho, muita dor e grande sofrimento, o que, aliás, é considerado maus tratos.
Concluo por hoje, lembrando que maus tratos é crime prescrito pela Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998 (Lei dos Crimes Ambientais).