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Política Orçamento

Bancada do ES fecha com Bolsonaro a favor do veto de R$ 30 bi

O chamado Orçamento impositivo não é novo, mas teve seu escopo ampliado no ano passado.

04/03/2020 09h58
Por: Redação O Diário Fonte: Agência Congresso
Deputado Federal Amaro Neto (Republicanos)
Deputado Federal Amaro Neto (Republicanos)

Os vetos do presidente Jair Bolsonaro à artigos do Orçamento Geral da União dividiram Câmara e Senado.

A maioria dos senadores é favorável a manutenção do veto 52, que mantém sob tutela da União a destinação de todos os recursos do Orçamento, inclusive os R$ 30 bilhões de emendas impositivas do Parlamento.

Se as duas Casas não votarem igual, o veto permanece, o que significa vitória do governo.  Até o momento 28 senadores já confirmaram apoio à manutenção do veto, inclusive os três representantes capixabas.

A FAVOR DO VETO                                 

A maioria esmagadora da Bancada Capixaba se mantém favorável ao veto. Só um deputado, Helder Salomão (PT), promete votar contra o governo. Ele alega que o Legislativo deve fiscalizar o orçamento.

O coordenador da bancada, deputado Da Vitória (Cidadania) disse que sempre acreditou que um governo legitimado pelo voto popular deve ter o direito de decidir onde serão investidos os recursos públicos. 

“Cabe ao Congresso discutir e votar a lei orçamentária e exercer o papel de fiscalização. Avalio que o Governo terá responsabilidade ao definir onde serão realizados os investimentos. Com prudência levei o posicionamento ao meu partido, o Cidadania, que também em sua maioria defende o veto do Presidente Bolsonaro”, disse o deputado.

O chamado Orçamento impositivo não é novo, mas teve seu escopo ampliado no ano passado. Na prática, ele dá mais poder ao Congresso sobre o Orçamento da União, pois obriga o Executivo a pagar emendas de parlamentares. 

Ou seja, com a derrubada do veto, o relator do projeto, decidirá, com a indicação dos parlamentares, onde será gasto os R$ 30 bi do orçamento federal.

Quem vota a favor da manutenção do veto defende que não cabe ao legislativo definir as prioridades orçamentárias.

O deputado Evair de Melo (Progressistas) foi procurado, mas não respondeu até o fechamento da matéria. Mas ele deve votar com o governo porque é o principal governista da bancada.

Ted Conti (PSB), também vota pela manutenção do veto presidencial. “Deputado é para legislar e fiscalizar, não para administrar recursos do executivo”, disse.

O outro socialista, Felipe Rigoni (PSB) se manifestou nas redes sociais: 

“O Veto 52 foi uma decisão acertada do presidente Jair Bolsonaro. Precisamos dar fim ao uso eleitoral das emendas parlamentares e à barganha política. Votaremos pela manutenção do veto. A boa política deve estar baseada em evidências e no diálogo com a população. Não na quantidade de emendas que cada um consegue emplacar”.

Os três senadores capixabas Marcos do Val (Podemos), Luiz Pastore (MDB) e Fabiano Contarato (Rede) também se manifestaram favoráveis ao veto do presidente. 

O deputado federal Sérgio Vidigal (PDT-ES) acabou ficando a favor da manutenção do veto 52. O parlamentar também é a favorável ao projeto que regulamenta que as emendas impositivas de bancada sejam executadas.

“São as emendas que têm ajudado o ES a iniciar obras importantes, como o Contorno do Mestre Álvaro, da BR-447, BR-262, Hospital das Clínicas, Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Instituto Federal do Estado (Ifes), segurança pública e hospitais filantrópicos”, disse.

A deputada Dra. Soraya (PSL)  disse que “o  Palácio do Planalto tem a prerrogativa de decidir o destino de R$ 30 bilhões do Orçamento Impositivo de 2020”. 

Os deputados Norma Ayub (DEM), e Evair Melo (PP) não responderam até o fechamento da matéria. Lauriete e Amaro Neto, também, decidiram votar para manter o veto.

“ Os municípios precisam das emendas, mas o Governo Federal tem que obedecer a Lei de Responsabilidade Fiscal e são posicionamentos distintos”, disse Lauriete.

Deputado

Voto

Da Vitória (Cidadania)

Favorável

Felipe Rigoni (PSB)

Favorável

Ted Conti (PSB)

Favorável

Dra. Soraya (PSL)

Favorável

Helder Salomão (PT)

Contra

Lauriete (PL)

Favorável

Amaro Neto (Republicanos)

Favorável

Evair de Melo (PP)

Não respondeu

Sérgio Vidigal (PDT)

Favorável

Norma Ayub (DEM)

Não respondeu

Senador Marcos do Val (CIdadania)

Favorável

Senador Fabiano Contarato (Rede)

Favorável

Senador Luiz Pastore (MDB)

Favorável

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