Ponto viciado, equívoco popular

Muitos brasileiros carregam consigo a péssima cultura do descarte irregular de lixo e outros rejeitos, o que tem alimentado muito, o que chamamos de “pontos viciados”.

Para quem não sabe, pontos viciados são locais, como, esquinas, beiradas de muros, lotes baldios e outros, que a população usa irregularmente para fazer descartes de lixos e entulhos. A Maria joga seu lixo ali, o Joaquim seu entulho, vem o Pedro e muitos outros e fazem o mesmo, e em pouco tempo, temos um ponto viciado, onde a população tem por comum um local para descartar erroneamente seus rejeitos. Isso tem se tornado cada vez mais “comum” em muitos lugares.

Atualmente, o país se encontra em meio a uma epidemia de dengue, e como é sabido por todos, o mosquito transmissor dessa doença, o Aedes aegypti, se prolifera em água parada. Nos pontos viciados, são encontrados diversos recipientes que servem de potenciais “maternidades” para a postura de ovos e proliferação do mosquito vilão.

Pontos viciados de lixo e entulho não são lixeiras. Eles deixam ruas, bairros com um visual higiênico e sanitário horrível, desleixado e desagradável, além de se apresentarem como convites o Aedes aegypti, para ratos, baratas, escorpiões e outras pragas urbanas e animais peçonhentos.

Se mudarmos esses errôneos e péssimos comportamentos, o meio ambiente e a saúde pública agradecerão, e tenho certeza que viveremos numa estrutura social mais bonita, mais saudável e agradável.

Ah, só para lembrar... O descarte de lixos, entulhos e outros rejeitos de forma irregular (nas ruas, praças, lotes baldios, etc.) é crime previsto pela Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/1998), podendo conceder ao infrator a penalidade de reclusão, detenção e/ou pagamento de multa.