Geralmente, festas como, Carnaval, Copa do Mundo, escondem os diversos problemas sociais que temos no nosso país. Quem olha de fora sem saber o tamanho desses problemas, imagina que o brasileiro é social e financeiramente feliz de janeiro a janeiro, mas como diz o bordão, “Só que não”.
Nos dias de Carnaval, por exemplo, a gente liga a TV, olha matérias e imagens das festas na internet, e vemos multidões de pessoas aglomeradas em volta dos trios elétricos, felizes e animadas, com toda energia, como se não houvesse o dia de amanhã. Ali tem ricos e pobres, brancos e negros, homens e mulheres, sem qualquer distinção social.
Muitos que estão ali, “gastam até o que não tem”, tudo para se divertirem nos blocos, na folia, mas, na noite de Quarta-feira de Cinzas, observam que, no dia seguinte, tudo voltará ao seu normal, a começar pela rotina diária de trabalho.
Para quem pagou os abadás, fantasias, bebidas e ingressos à vista, menos mal, mas para quem colocou seu cartão de crédito à disposição do Carnaval “sem pensar duas vezes”, terá um custo a mais à ser dissolvido e pago em algumas vezes ao longo do ano.
Há de convir que muitos desses foliões, fazem parte dos brasileiros que reclamam que “a vida está difícil devido os preços dos alimentos, material escolar, baixos salários”, etc.
Não estou sendo hipócrita afirmando que não temos que socialmente nos divertir, pois, temos sim, esse direito, mas, que seja com a moderação financeira disponível para bolso de cada um, afinal, a realidade de um, não é a mesma do outro.