Diretores das empresas 123 Milhas e Maxmilhas são alvo de uma operação do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), realizada na manhã desta quinta-feira (1°), que visa apurar se os donos das companhias teriam cometido o crime de lavagem de dinheiro. A ação é do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público mineiro.
Ao todo, 17 mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos e os investigadores fazem buscas nas casas dos sócios, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, além da sede das empresas.
RECUPERAÇÃO JUDICIAL
Em agosto de 2023, a 123 Milhas decidiu suspender as emissões de passagens e pacotes da linha Promo, que tinham previsão de embarque entre setembro e dezembro do ano passado. Após a medida, a Secretaria Nacional do Consumidor questionou a agência de viagens sobre os motivos dos cancelamentos. O Ministério Público de São Paulo também decidiu abrir um inquérito.
No mesmo mês, a Justiça deferiu um pedido de recuperação judicial da empresa. Desde então, o processo já foi suspenso duas vezes. A primeira vez foi em setembro do ano passado, após pedido do Banco do Brasil, um dos credores da empresa.
Em dezembro, o processo foi retomado, mas uma segunda suspensão foi determinada na semana passada pela juíza Claudia Helena Batista, da 1ª Vara Empresarial de Belo Horizonte. Com isso, a recuperação judicial da empresa ficará suspensa até que se decida quem serão os novos administradores judiciais do caso.