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Indústria do ES foi a 2ª que mais cresceu no país entre janeiro e novembro de 2023

A produção industrial capixaba teve alta de 9,4% em onze meses. O resultado foi acima da média nacional (0,1%)

15/01/2024 09h47
Por: Redação O Diário Fonte: Da redação
Os dados foram compilados pelo Observatório da Indústria da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes).
Os dados foram compilados pelo Observatório da Indústria da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes).

A indústria capixaba obteve bons resultados ao longo de 2023. De janeiro a novembro do ano passado, se comparado ao mesmo período de 2022, a produção industrial do Espírito Santo cresceu 9,4%. O resultado foi o segundo melhor resultado do país e com ele o Estado ficou atrás apenas do Rio Grande do Norte (12,2%). 

Os dados foram compilados pelo Observatório da Indústria da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) e fazem parte da pesquisa de Produção Industrial Mensal (PIM-PF) do IBGE, divulgada nesta sexta-feira (12/09). 

A presidente da Findes, Cris Samorini, lembra que a indústria capixaba gerou mais de 14 mil empregos formais de janeiro a novembro do ano passado. Para ela, o Espírito Santo vem cada vez mais se consolidando como uma referência para o país e os números mostram isso.  

“Nossa economia vem crescendo de forma sustentada. Nos tornamos atrativos para empresas de outros estados e até mesmo de outros países por nosso empenho em melhorar o ambiente de negócios. Além disso, temos muitas empresas expandindo as suas plantas industriais em solo capixaba por acreditarem no potencial do Estado”, afirma. 

A gerente de Inteligência de Dados e Pesquisas do Observatório da Indústria da Findes, Suiani Febroni, explica que o resultado capixaba, no acumulado de janeiro a novembro do ano passado, foi impulsionado, principalmente, pela indústria extrativa, que cresceu 18,9% no período.  

“O avanço da indústria extrativa capixaba é explicado pelo aumento de produção em duas atividades relevantes no Estado: a pelotização de minério de ferro e a extração de petróleo e gás natural (P&G)”, aponta.  

Segundo os dados da Agência Nacional de Petróleo e Gás (ANP), de janeiro a outubro de 2023, a extração de petróleo cresceu 20,7% e a de gás natural 21,5%. Entre os motivos que explicam esse comportamento positivo do setor no Estado estão: 

  • Aumento da extração no Campo Jubarte, que pode ser justificado pela retomada das operações do FPSO Cidade de Anchieta (depois do período de paralisação em 2022);   

  • Retomada da produção no Campo Golfinho, após a BW Offshore assumir as operações dos ativos vendidos pela Petrobras;  

  • Recuperação da produção de petróleo e gás onshore (em terra), com a diversificação de empresas atuantes no ES com o Plano de Desinvestimento da Petrobras;  

  • Retomada em julho de 2023 da produção no Campo Abalone, operado pela Shell, que não registrou extração em 2022.

A economista pontua a produção da indústria de transformação capixaba recuou 4,9% no acumulado do ano até novembro de 2023. “Mesmo em queda, o setor minimizou parte das perdas registradas no acumulado de janeiro a outubro (-6,2%) devido à manutenção da trajetória de crescimento do setor de papel e celulose e também a reversão da queda na fabricação de produtos alimentícios”, comenta Suiani Febroni. 

 

De acordo com a economista, a atividade de papel e celulose começou a se recuperar a partir do terceiro trimestre de 2023, motivada, entre outros fatores, pela melhora das demandas dos mercados europeu e chinês, e da ausência de parada programada nas plantas da Suzano no Estado. 

"Já no caso da fabricação de produtos alimentícios, houve crescimento na produção de carnes de bovinos congeladas e de açúcar cristal. Esses produtos impulsionaram o setor em 2023”, conta. 

Indústria no Brasil 

De janeiro a novembro de 2023, a indústria nacional ficou praticamente estável (0,1%). O desempenho foi justificado pela queda de 0,9% na indústria de transformação, ao passo que a indústria extrativa acumulou crescimento de 6,1%.  

Das 25 atividades industriais, dez cresceram, sendo as principais influências positivas na produção de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (6%) e produtos alimentícios (3,9%). Já as principais influências negativas vieram de produtos químicos (-5,7%), veículos automotores, reboques e carrocerias (-6,8%), máquinas e equipamentos (-7%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-10,5%), 

Por Siumara Gonçalves, com informações do Observatório da Indústria   

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