Entra ano e sai ano, estamos sempre falando do mesmo assunto: Dengue! Como é do conhecimento de todos, o transmissor é o mosquito Aedes aegypti, que além da dengue, transmite também a chikungunya, zika vírus e a febre amarela.
O assunto é antigo, mas, se até hoje, o tema é debatido e dialogado, o número de vítimas, inclusive fatais, só aumenta, imagina se ficássemos calados.
E por falar em números, no decorrer de 2023, o aumento de pessoas notificadas positivas e de vítimas fatais da dengue em todo o estado do Espírito Santo (ES), foi coisa espantosa, se comparado ao ano passado.
Para se ter uma ideia, segundo a Secretaria de Estado de Saúde do ES (SESA), até o dia 30 de novembro deste ano, tivemos a perda de 93 pessoas, vítimas da doença em todo o território capixaba, sendo que, em 2022, tivemos 5 óbitos no mesmo período.
Tendo ciência destes agravos, de quem é a culpa? Provavelmente, muitos responderão que é do mosquito, porém, o mosquito é um animal irracional e pica pessoas por instinto de sua natureza em busca de alimento. Já, nós, seres humanos, que damos condições para procriação de sua espécie, agimos de forma racional, dado que, temos cabeças pensantes.
Damos condições de sobrevivência à espécie do Aedes aegypti, quando agimos de forma relaxada, como, por exemplo, quando abandonamos nosso lixo em locais inadequados e de qualquer jeito, quando mantemos água parada de modo irregular (caixa d’água destampada ou má tampada, calhas entupidas, etc.), quando guardamos pneus, garrafas e outros objetos (que possam juntar água) à céu aberto, entre outros tipos de ações que culminam na manutenção de água parada, fazendo dos recipientes e demais depósitos, uma verdadeira maternidade para o mosquito.
Se nós cidadãos, não fizermos nossas respectivas partes de forma individual, dificilmente o poder público conseguirá diminuir esses picos epidemiológicos que há séculos, vem tirando vidas de brasileiros em todo o país. Então, fique ligado e faça a sua parte, pois a próxima vítima pode ser qualquer pessoa, inclusive você.