Na última segunda feira, 23, aconteceu em São Paulo, mais um ataque em escolas do país, como noticiou O Diário, na edição do mesmo dia, vitimando fatalmente uma estudante e ferindo mais três.
A questão perpassa a maioria das causas que tentam argumentar ataques como esse: a intimidação sistemática, conhecida popularmente como bullying.
Segundo resultados de pesquisas realizadas pelo Gepem - Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Moral, da Unicamp, “seis, em cada dez ataques a escolas no Brasil nas últimas duas décadas, aconteceram entre 2022 e 2023”. E, de acordo com a repórter Letícia Brand, “o primeiro ataque a escolas de que se tem notícia no Brasil, ocorreu 21 anos atrás e desde então, houve outros 23 parecidos”, até maio desse ano.
Esses levantamentos nos trazem dados suficientes para entendermos que o problema tomou enorme crescente nas últimas décadas. Se compararmos a atualidade aos anos anteriores a 2.000, até cogitamos que o bullying não existia. Entretanto, existia sim, porém, as gerações antecedentes à atual eram mais resistentes e tinham outras formas de resolução do problema - isto é, quando resolvia e não levava consigo o sofrimento dos danos psicológicos... Outra questão que potencializou a crescente do estorvo foi a internet - principalmente as redes sociais (incluindo grupos de Whatsapp), que usadas de forma errônea, dão sustentabilidade ao problema.
Bullying não é uma cultura que devemos sustentar como algo dentro da normalidade da natureza de uma criança/adolescente. O bullying pode ferir sujeitos, mental e fisicamente, e até tirar vidas, como na maioria dos casos de ataques a escolas. Não estou aqui advogando pelos “suspeitos” e nem justificando as causas dos ataques. Estou apenas deixando um alerta, principalmente para que os pais observem mais seus filhos, para que se evite que mais tragédias como essas aconteçam.