Não é novidade que, opinião, cada um tem a sua, e isso precisa ser respeitado em qualquer ambiente, seja real ou virtual, mesmo que haja discordâncias entre as partes em um diálogo.
Atualmente, temos visto muito a falta desse respeito nos ambientes virtuais, gerando até intolerâncias, principalmente nas redes sociais - como no Facebook e Instagram. Em um diálogo, debate, mesmo via web, é normal que haja discordância de opiniões, entretanto, o que é anormal, é a ocorrência de situações esnobes, onde, uma pessoa ou grupo delas, se achando superior, tenta reprimir a(s) outra(s) por uma ou mais opiniões que não acordem com a(s) dele(s), culminando até num tipo de “cultura do cancelamento”.
Por exemplo, se faço determinada postagem e recebo comentários respeitosos discordantes do meu ponto de vista, OK! É válido, é uma respeitosa opinião alheia, mas, quando os comentários vêm repletos de xingamentos, ironias e zoações pela minha publicação, baseado nos meus conceitos, de forma a me menosprezar, estou sendo vítima de uma espécie de cancelamento virtual, oriunda da intolerância alheia.
Parece ser algo bobo, mas esse tipo de coisa, mesmo praticado num ambiente virtual, pode ferir gravemente uma pessoa no mundo real. De acordo com Daniel Amaro (2022), a “cultura do cancelamento é tóxica para a saúde mental” e “pode desencadear abandono, desprezo, desconsideração [...], entre os distúrbios, como ansiedade e até depressão”.
Como bem traz o psicólogo Stanley Rodrigues, “A cultura do cancelamento, principalmente na internet, tem a ver com a intolerância e a incapacidade de lidar com o diverso e de ser confrontado”. O ideal seria que as pessoas discordassem quando tivessem que discordar das colocações alheias, mas que as respeitassem, porque, onde há respeito, há diálogo, mas onde há desrespeito e autoritarismo, prefiro me retirar e deixar que o intolerante, ignorante, fale com o vento.