A língua portuguesa é considerada uma das línguas mais difíceis de se aprender, falar e escrever no mundo, devido a grande variedade de regras gramaticais a serem aplicadas, dentro do que conhecemos como “norma culta” ou “padrão”.
Recapitulando a 4ª, 5ª série da minha época na escola, a palavra “Todos”, gramaticalmente, é um pronome de classificação indefinida - ou seja, um Pronome Indefinido, porque ele não define quem vai abarcar no contexto da frase, isto é, se homens ou mulheres, negros ou brancos, héteros ou homos, ricos ou pobres, crentes ou ateus, mas, literalmente todos do/no contexto da fala.
Tendo ciência disto, dentro da linguagem conhecida por “linguagem neutra”, foram criados alguns termos informais para atender o público LGBT, como por exemplo, o termo “todes”.
Penso ser desnecessário, pelo fato dos pronomes indefinidos (todos, todas, ninguém, alguém, etc.) já fazerem inclusões do individual para o coletivo, ou seja, de fato, todos, sem extinguir e excluir, principalmente por seu gênero, cor, crença e/ou sexualidade.
Sei que é um termo informal, mas no meu modo de pensar, ao invés de incluir, o termo faz ação contrária ao especificar determinado grupo que já está incluso numa fala. Seria a mesma coisa que alguém dissesse: - “Bom dia aos ricos e aos pobres”, ou, “aos brancos e aos negros”, ou “aos homens e mulheres”, sendo que, dizendo “Bom dia a todos”, já inclui todos os presentes nos contextos do público que se quer abranger.
É questão de lógica, porque a língua portuguesa, de fato é difícil, mas também é perfeita quando utilizada com gramaticidade.