Volta e meia estamos falando do assunto “pobreza no Brasil”, que se arrasta por vários anos, na qual, entra político, sai político, e nada é feito para resolução total do problema que tange a miserabilidade de muitos brasileiros.
Nossas políticas, na prática, sempre foram fracas quando o assunto é esse estorvo, principalmente pelo pensamento egoísta dos nossos representantes políticos, ligado ao individualismo, cujo, faz com que a maioria, cada um, olhe apenas para o seu próprio umbigo.
Exemplificando isto, não precisamos ir muito longe para entendermos esse conceito. Recentemente, diversos vereadores de vários municípios capixabas reajustaram percentuais elevados de seus próprios vencimentos mensais (salários), mesmo tendo ciência que o salário do povão, o mínimo, fora reajustado apenas R$ 18,00 para correção da inflação projetada pelo governo, alcançando a casa de apenas R$ 1.320,00.
Ou seja, enquanto o salário do trabalhador que atualmente recebe somente R$ 1.320,00, tem reajustes comuns de apenas 7, 8, 9%, um parlamentar municipal, por exemplo, reajusta seu próprio gigantesco salário numa média de quase 100%, como aconteceu no município da Serra, e mais recentemente, essa semana, na capital capixaba, Vitória.
“Peguei por baixo” (vereadores), mas, se a gente elevar o patamar político para uma assembleia estadual, câmara federal e/ou senado, veremos que a “quantia dos reais”, será muito mais elevada que o vencimento de uma vereação, que já é grande.
Talvez, baseado nesse conceito, foi que o grupo “As Meninas”, ainda no ano de 1999, lançaram uma das músicas com o trecho de letra mais verdadeiro de todos os tempos, afirmando que “o rico cada vez fica mais rico, e o pobre cada vez fica mais pobre. E o motivo todo mundo já conhece, é que o de cima sobe e o de baixo desce”. Sem dúvida, sai ano e entra ano, e é isso que tem acontecido. É por isso que a política brasileira reflete na miserabilidade do povo.