Nos últimos dias, acompanhamos o imbróglio que se deu com o influenciador Agenor Tupinambá e a capivara conhecida como Filó.
Como já é sabido, Tupinambá criou a capivara órfã desde filhote, e em praticamente seu próprio habitat, já que o jovem mora numa região rural do estado do Amazonas, onde comumente se vê esse tipo de bicho, porém, após denúncia, Filó, que é muito bem tratada pelo jovem, foi retirada dos domínios de Agenor – sob imposição de multa de R$ 17 mil, levada pelo IBAMA, e, posteriormente, após reviravolta e ordem judicial, devolvida ao ambiente em que crescera com o influenciador.
Pois bem, lei é lei e tem que ser cumprida, e se a lei diz que esse tipo de animal não pode ser criado de forma domesticado, paciência, porém, o animal, apesar de ter Agenor como uma espécie de tutor, ao que tudo mostra, sempre foi criado livremente em seu próprio habitat, mesmo tendo acesso livre a uma casa humana.
Caso revolvido, com até então, final feliz para Agenor e Filó, mas cá para nós, o jovem, teoricamente “fez um favor” para o animal sem chances de sobrevivência e automaticamente desenvolveu vínculo de amor, confiança e amizade entre ambos, e mesmo assim, encarou esse estorvo desagradável. Baseado nisso, pergunto: quanto aos animais também silvestres, como iguanas, araras, tucanos, macacos, entre outros que são regularizados para comercialização? – Ah! Acho que toquei no ponto central: regularização para comercialização.
Por aí, chego à conclusão de que não é o bem estar do animal que está em jogo como prioridade, porque, penso que o IBAMA poderia “impetrar algum tipo de regulamento provisório” baseado no bom senso, para Filó continuar vivendo próximo a quem ela tem como amigo e tem ótima convivência, praticamente, desde sua existência, e, levando em conta que ela mora em um ambiente comum ao de sua espécie.
Quanto aos animais comercializados que rendem vantagens financeiras aos comerciantes, está tudo ok, pois estão gerando impostos, diferente do caso Agenor e Filó, que aliais, aproveitaram o caso para criar um meio de arrecadar a bagatela de R$ 17 mil.