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Política Audiência Pública

Aracruz: Seguranças nas escolas “só que não”

Apesar de muita reclamação, pedidos de vereadores e indicação do deputado Alcântaro Filho, a prefeitura anunciou a contratação de vigilantes, mas não esclareceu se serão capacitados e armados, ou apenas porteiros.

24/04/2023 13h00 Atualizada há 2 anos
Por: Redação O Diário
 A Audiência Pública na Câmara Municipal de Aracruz atingiu um ótimo número de convidados. (Foto Internet)
A Audiência Pública na Câmara Municipal de Aracruz atingiu um ótimo número de convidados. (Foto Internet)

Na última quarta-feira (19), foi realizado mais uma Audiência Pública com o tema segurança na escolas na Câmara Municipal de Aracruz, organizada pelo presidente da Casa vereador Alexandre Manhães.

A cobrança em alto em bom som veio de representantes da sociedade como do deputado Alcântaro Filho (Republicanos), que em sua fala lembrou que a prefeitura tem feito um esforço enorme para realização de festas na cidade, mas não tem tratado com prioridade a segurança das crianças e professores da Rede Municipal de Ensino.

Agentes das forças de segurança e populares também fizeram coro ao pedido de mais segurança nas escolas. Muita reclamação nas redes sociais e falas duras dos participantes que foram ovacionados quando acusaram a prefeitura de não priorizar a segurança dos alunos e nem dos profissionais da educação.

Representando a PMA a secretária de educação Jenilza Spinassé anunciou a contratação de vigilantes para as escolas. O objetivo do anúncio foi acalmar os ânimos e silenciar os diversos protestos nas redes sociais, que acusam a prefeitura de ignorar e não agir de forma célere para sanar a insegurança nas salas de aulas do município.

Desde o ocorrido em Coqueiral de Aracruz, muita conversa e pouco resultado prático, agora porém, a administração vai colocar vigilantes nas escolas do município, o que parece mais uma medida protelatória do que com efeito real. Apuramos que inicialmente haverá apenas um remanejamento de vigilantes patrimoniais noturnos para o dia, o que estaria gerando insatisfação, pois os profissionais não são treinados e capacitados para situações onde devem agir como seguranças.  

Sem desmerecer o serviço destes que podem até ser simplesmente os guardas noturnos que não trabalham armados, em caso de real confronto a escola será invadida com facilidade, essas pessoas poderiam atuar no máximo como porteiros o que já ajuda, mas fica longe do objetivo reclamado.” Destacou um experiente segurança que atua no mercado privado.

Questionamos a prefeitura se os vigilantes seriam armados? Se seriam os mesmos que atuam no turno da noite conforme apuramos? E se já tem data para o início das atividades? Nenhuma resposta foi concedida até o fechamento desta matéria.

Outro ponto que chama atenção é que o anuncio da prefeitura para a contratação de novos profissionais para atuarem nas escolas, é descrito como “contrato emergencial” ou seja, sem licitação aberta, onde mais uma vez fica a cargo do executivo negociar sem prévia concorrência o valor da contratação. Isso tem gerado debates nos bastidores. Caberá agora a Câmara dos Vereadores fiscalizar e cobrar que a contratação não seja mais uma a entrar na lista de problemas para Aracruz. 

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