A ministra francesa Marlène Schiappa, responsável pela pasta da Economia Social e Solidária e Vida Associativa do país, gerou polêmica ao ser capa da edição do mês de abril da revista erótica Playboy. Diversos políticos criticaram a atitude, classificando-a como “inadequada”.
Uma das críticas veio da primeira-ministra, Élisabeth Borne, que telefonou diretamente para Schiappa, após a divulgação da publicação. Ela teria dito na ligação que a postura da ministra é inadequada, mediante o atual contexto de tensão na França.
A França registra protestos em larga escala contra o decreto do presidente Emmanuel Macron, em que é adiada a idade de aposentadoria de 62 para 64 anos até 2030 e o aumento da contribuição para 43 anos até 2027 para arrecadar uma previdência completa.
Em reação às críticas, Marlène Schiappa disse que as mulheres são livres na França.
– Defender o direito da mulher de dispor de seu próprio corpo é feito sempre e em qualquer lugar. Na França, a mulher é livre – postou ela no Twitter, no fim de semana.
– Com todo respeito aos retrógrado e hipócritas – completou.
A ministra de 40 anos, que também é autora de livros eróticos, concedeu uma entrevista de 12 páginas à revista Playboy, além de um ensaio fotógrafico. Schiappa não aparece nua nas fotos, o que não faz com que as imagens deixem de ter apelo de sensualidade.
Nas palavras da editora da revista, Marlène é a personalidade política “mais compatível com a Playboy”, por ser uma figura proeminente na causa feminista.