Mesmo em tempos de crise e graves denúncias de possíveis atos de corrupção que envolvem a empresa S.A Ambiental e o contrato do lixo, a Prefeitura de Aracruz aumentou em mais 8% o contrato da de acordo com a publicação feita no diário oficial.
O aditivo estaria previsto no contrato firmado com a empresa em 2020, mas em tempos de dificuldade e até de repasse dos valores aos contribuintes, soa no mínimo incoerente o aumento. Segundo especialista em razão de tanta insatisfação com a prestação de serviço pela empresa no município, e o grave momento da pandemia que atravessa a cidade, caberia uma discussão junto a contratada para renegociar o contrato.
Só a diferença que será paga de forma retroativa a S.A Ambiental em cinco meses é de quase de um milhão de reais.
De acordo com a publicação o valor passa dos atuais R$ 2.248.995,76 (dois milhões duzentos e quarenta e oito mil, novecentos e noventa e cinco reais e setenta e seis centavos), para o valor de R$ 2.428.898,90 (dois milhões quatrocentos e vinte oito mil, oitocentos e noventa e oito reais e noventa centavos). Um aumento de quase R$ 200 mil. Com os novos valores, o contrato do lixo anual chega a casa dos R$30 milhões só com a empresa S.A Ambiental.
Uma parte dos servidores da prefeitura se dizem desprestigiados já que o aumento anunciado para a categoria não passou dos 6%.
Para o advogado e ex-presidente da Câmara de Aracruz Alcântaro Filho, que liderou a CPI do Lixo que encontrou indícios de irregularidades e encaminhou o relatório que está sendo investigado pelo MPES, “O novo reajuste vai na contramão do princípio da eficiência na administração pública e contraria gravemente o anseio da população, que clama pela redução da tarifa do lixo.
A Prefeitura criou uma tarifa exorbitante e aumenta essa conta que deveremos pagar. Espero que o Prefeito reveja esses atos, porque apesar de terem inserido cláusula de reajuste contratual, existem mecanismos jurídicos e de gestão pública que deveriam ser aplicados para reduzir os custos do contrato e aumentar a eficiência. Como cidadão, lamento muito ver o que já era absurdo, ficar ainda pior.”