Na última sessão da Câmara de Aracruz na quinta-feira passada (3), dentre as falas dos vereadores na tribuna da Casa a do vereador Carlos André, o Paim (Republicanos) foi de cobrança e bastante dura em relação a prestação do serviços de limpeza e recolhimento de resíduos pela empresa SA Ambiental que está sendo investigada por práticas de corrupção.
Os parlamentares não haviam se manifestado na semana imediata após a “Operação Patrícios” do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), que fez buscas e apreensões de computadores e documentos para averiguação. Na mesma operação foram recolhidos R$ 800 mil em cheques e a condução até a delegacia do ex-prefeito Jones Cavaglieri (SDD) e do ex-secretário Luiz Fernando Meier, conforme informou a nota emitida pelo MPES.
Segundo Paim existe algo de errado acontecendo porque os valores pagos no contrato com a SA são altos, mas a prestação de serviço não está ocorrendo na mesma medida.
“Esta Casa já teve uma CPI do Lixo que apurou irregularidades neste contrato, se preciso for vamos reabrir essa CPI, estamos conversando entre os vereadores”, falou Paim citando o nome da vereadora Adriana Guimarães também do Republicanos.
De acordo com apuração da nossa reportagem já existe um pedido pronto e assinado por parlamentares, mas que não foi a plenário ainda, já que os vereadores estariam avaliando o tema com bastante cautela.
Constatações da CPI do Lixo
A CPI do Lixo teve seu encerramento em 2018 e foi liderada pelo então presidente da Câmara o vereador Alcântaro Filho (PSD), na época o relatório final do vereador Celson da Farmácia (Republicanos), destacou entre os pontos mais importantes: A rescisão do contrato com a SA Ambiental; abertura de nova licitação para o serviço; exoneração do secretário Luiz Fernando Meier; e encaminhamento de cópia do relatório final da CPI ao Ministério Público de Contas (MPC), Ministério Público Estadual (MPES), Assembleia Legislativa e Executivo Municipal.
A Operação Patrícios foi um desdobramento das irregularidades apontadas pela CPI e investigações do Ministério Público do ES que já informou que a empresa continua sob investigação e existe a possibilidade de práticas de corrupção ainda continuarem acontecendo, já que a SA Ambiental continua atuando em Aracruz.