O governador Casagrande (PSB) andou dizendo em entrevistas que não quer dar palanque para o ex-presidente Lula (PT) aqui no ES, que não pactua da possibilidade de uma federação dos partidos de esquerda PT, PSB, PCdoB, e PV. Quem vê ele falando assim até acredita, mas a verdade é bem diferente, e Casagrande sabe que isso não depende da vontade dele, aliás ele já se beneficiou destas decisões dos caciques quando foi governador a primeira vez, deixando de fora Ricardo Ferraço que já tinha separado até o terno do posse.
O discurso de Casagrande não condiz com a prática nem o histórico, já que o PT sempre foi muito ligado ao PSB aliás, o ninho do PSB é Pernambuco terra do saudoso Eduardo Campos, e recentemente o senador Humberto Costa do PT deu entrevista abrindo mão de sua candidatura a governador naquele estado, por uma aliança com o PSB. Outro detalhe é que Márcio França ex-governador de SP anunciou que Geraldo Alckimin estaria muito próximo de se filiar ao seu partido o PSB para formalizar a aliança com o PT e ser o vice de Lula. Por fim o primeiro mandato de Casagrande o vice era Givaldo Vieira do PT, além disso, já existe em favas contadas a aliança para o PT indicar o vice na chapa de reeleição do governador. Ele sabe disso, e para finalizar a única forma do PT não ter uma candidatura própria para fazer palanque para Lula no ES, é justamente Casagrande aceitando a aliança e formando a chapa. Ou alguém aí acredita que o governador gostaria de ter na disputa mais uma candidatura de esquerda, neste caso do senador Fabiano Contarato (que não tem nada a perder), para dividir os votos vermelhos no estado?
O outro ponto da história
A verdade é que Casagrande estaria cozinhando o Podemos de Gilson Daniel que pertence a sua base, mas que tem a frente um problema caso o ex-juiz Sérgio Moro decida por manter sua candidatura nas eleições de outubro ao Palácio do Planalto. Porque o sonho de Gilson é que o seu partido pudesse brigar pela vaga de vice ao lado de Casagrande, mas aí vai precisar de resolver isso lá em cima com Moro primeiro. De qualquer forma, o governador pode até suas preferências e vontades, mas nesse tabuleiro aí as peças são mexidas por jogadores que enxergam tudo de um prisma bem maior, então interesses locais ficam em segundo plano.
Cadê a placa presidente?
Os vereadores de Aracruz não estão nada satisfeitos com a postura do presidente da Câmara vereador Lula (DC). É que Lula ainda não colocou a placa padrão que informa aos munícipes sobre a reforma da Câmara que foi contratada por ata de registro no valor de quase R$ 3 milhões de reais. A sociedade está cobrando os parlamentares e convenhamos, isso é bem básico né, nem precisava ninguém pedir. Cecéu do Morobá (PTC), Vilson Jaguareté (PT), Adriana Guimarães (Republicanos), foram alguns dos parlamentares que cobraram durante a sessão o presidente.
Falando em Lula...
Uma reunião deve acontecer esta semana entre o presidente da Câmara de Aracruz e o vice-prefeito Beto Vieira (PP). A pauta é para discutir a possibilidade de unificar os projetos e o grupo ligado ao prefeito Dr. Coutinho (Cidadania) lançar apenas um nome, neste caso, tanto Beto como Lula teria de abrir mão do sonho da disputa com o apoio da “máquina pública”. Nos bastidores Lula garante que ele tem mais chances de receber a bênção do prefeito para ser o nome, já Beto tem se valido das oportunidades para aparecer. Nos bastidores entre os vereadores o nome do vice-prefeito aparece com melhor aceitação, resta saber o tamanho da força que essa "máquina” chamada prefeitura tem para impulsionar esse projeto, o ex-prefeito Jones testou e naufragou. E agora como será?
Nada de exigir passaporte vacinal
A vereadora Adriana Guimarães criou o anteprojeto de lei que proíbe a exigência do tal “passaporte vacinal” nas repartições públicas ou privadas de Aracruz. Pelo projeto as escolas não podem impedir alunos de se matricularem e nem de estudar por não estarem vacinados contra covid-19. Segundo a vereadora a vacinação é muito importante, mas não se pode separar as pessoas por essa razão. Vivemos em um país livre, respeitar as pessoas é um dever, o ideal é conscientizar para que todos se vacinem, mas sem expor as pessoas por suas decisões. Disse.