O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) julga nesta terça-feira (8), a partir das 19h, o pedido de registro do partido União Brasil, fruto da fusão entre as siglas DEM e PSL. Na ocasião, os ministros decidirão se homologam ou não a nova legenda, que nasceu de um acordo firmado no fim de setembro do ano passado. Em caso de aprovação, o partido usará o número 44 nas urnas.
Caso tenha o registro oficializado, o União já nascerá como a maior força do Congresso, já que os dois partidos que fazem parte de sua composição têm, juntos, 91 deputados e 7 senadores. O cenário, porém, deve mudar nas próximas semanas com a saída de boa parte dos parlamentares que fazem parte do PSL e são da base de apoio do presidente Jair Bolsonaro.
Apesar de ser desfalcada de boa parte dos congressistas atuais, a fusão entre as duas legendas ainda deverá criar uma das maiores forças políticas do Congresso a partir desse ano. Para tentar competir com esse cenário, as outras legendas têm articulado a formação das chamadas federações partidárias, criadas por lei no ano passado e que valerão pela primeira vez nas eleições 2022.
Através das federações, os partidos aliados somarão forças em outubro, mas terão que permanecer unidos por pelo menos os 4 anos seguintes. Na prática, as legendas unidas funcionarão no Congresso como um só bloco. A articulação mais avançada, que reúne o PT e mais três partidos, pode resultar em uma bancada de cerca de cem parlamentares.