Nos meses de outubro e novembro desse ano, teremos dois grandes eventos que envolverão o Brasil - um no contexto político, as eleições presidenciais, e o outro na esfera esportiva, a Copa do Mundo, do Catar.
E aí, o que será prioridade para o povo brasileiro? “Vestir a camisa do Brasil” com olhos voltados para as eleições ou literalmente vesti-la, olhando apenas para a telinha, torcendo pela seleção brasileira de futebol?
São dois grandes e importantes eventos, porém, há necessidades específicas e explícitas a serem abordadas por nós, nos papeis de eleitores e torcedores brasileiros. Popularmente, somos conhecidos internacionalmente por gostarmos de futebol e carnaval. Com relação ao conhecimento pela nossa política, somos conhecidos, talvez apenas como habitantes de um país corrupto. Esse ano, teremos em mãos a oportunidade de mudarmos esses olhares opinativos, fazendo a opção do que mais nos interessa no momento, a política ou o futebol.
Essa fala, não se trata de uma recriminação ao futebol, à Copa. O que entra em questão é o foco. Sabemos que o futebol tem sua significância esportiva e cultural, mas esse é o momento de olharmos com olhos ativos para os poderes Executivos e Legislativos. Teremos em média, quase dois meses de um evento para o outro e não podemos deixar que o evento Copa do Mundo, tire o nosso foco analítico, no que tange as eleições, afinal, o Brasil, ganhando ou perdendo a Copa, para nós, não muda nada.
Finalizando a conversa de hoje, lembre-se sempre: Neymar e Cia (jogadores da seleção) independem da nossa política, no que se refere à saúde, educação, segurança, e vida social em geral, aliais, nem moram no nosso país (a maioria dos selecionáveis), enquanto, eu e você, dependemos diretamente dos políticos eleitos para arquitetarem melhorias que facilitem nossas questões sociais.
Torcer pelo Brasil na Copa, sim, mas sejamos responsáveis nas urnas antes. Copa do Mundo não é responsabilidade nossa, já, as eleições, sim, essa é uma responsabilidade coletivamente nossa.