Não é nenhuma novidade dizer que vivemos em meio um imediatismo diferente, acelerado pela modernidade.
A tecnologia, cada vez mais evoluída, ao mesmo tempo em que ajuda, também atrapalha na questão da dependência humana a ela e a sua evolução. O ser humano, por sua vez, devido a essa dependência, transformou-se refém dessa evolução, de forma que, o que temos de tecnológico hoje, amanha já o temos como vencido, ultrapassado, levando-nos ao consumismo, por deveras, sem necessidade eminente.
Esse tipo de imediatismo parece detonar e extinguir o passado e faz com que o presente seja apenas um momento, deixando também o futuro comprometido, já que este, logo será presente.
Segundo Alessandra Assumpção (2019), “De acordo com o professor de Estudos de Mídia na The New School University de Manhattan, Douglas Rushkoff, a cultura do imediatismo mudou a forma como nos relacionamos com o tempo, que deixou de ser linear. [...] o passado é apagado, pois, com tantas transformações, uma conexão com o que é mais antigo parece inviável; não é possível pensar no futuro, já que tudo muda rápido demais e qualquer planejamento pode se tornar obsoleto rapidamente; o presente se mostra alargado, podendo ser considerado um “instante prolongado”.
Para a Fundação do Instituto de Administração (2019), “uma pessoa afetada pelo imediatismo, além de impaciente, de certa forma é apática. [...] Para um imediatista, o presente não é conseqüência do passado e tanto faz o que se fizer hoje, afinal, só o agora basta”
Pronto! A bagunça está formada. Agora, imagina como funciona isso no meio social entre os indivíduos. É o que vivemos hoje com tamanha dependência tecnológica, gerando cada vez mais a cultura do imediatismo, queimando e destruindo etapas nas vidas das pessoas.