Com o recente anúncio da descoberta da mais nova variante da Covid-19, a Ômicron, o carnaval 2022 “começa a ser cancelado” em algumas cidades brasileiras.
Ok! Ótimo e nota 10 para governadores, prefeitos e organizadores que já anunciaram esse cancelamento, posto que, não há nenhuma necessidade a realização da folia, ainda mais se tratando de uma festa que aglomera pessoas de todas as partes do mundo.
E as cidades que ainda não se manifestaram contrárias a esses festejos? Será que pensam ainda em de fato pularem carnaval?
A maioria dos que ainda não se pronunciaram contra, de forma não generalizada, são os mesmos que foram adeptos ao “fecha tudo e fica em casa!” no início de todo esse pandemônio na saúde pública. Porque agora parecem ser a favor da aglomeração carnavalesca?
Com essa fala, não estou produzindo críticas ao “fica em casa!”, pelo contrário, com responsabilidade, tínhamos mesmo que ficar em casa àquela altura (como ainda temos que manter os cuidados profiláticos ao vírus), mas o pensamento dos mesmos (principalmente políticos e seus seguidores) que gritavam “fica em casa!”, agora parece se virar ao apoio à realização do carnaval. Contraditório e hipócrita, né? Isso remete-me a pensar que os interesses próprios estavam e estão em primeiro lugar, e não os cuidados com o povo, como diziam e ainda dizem ter.
Por fim, por mais que àquela altura ainda era uma novidade, se em 2020 tivessem chegado a um consenso de proibição ao carnaval daquele ano, talvez hoje não teríamos chegado nem a metade do alto número de brasileiros mortos, vítimas da doença, no Brasil. E agora, com essa nova variante do vírus (ainda mais potente), será muita cara de pau desse povo continuar apoiando e realizar a festa de carnaval, porque, sem sombra de dúvidas, em algum lugar que estiver escolas da samba, bandinhas e marchinhas de carnaval, o bloco da Covid estará presente.