Redes sociais: avanços e leigas criticidades

Criada no meado dos anos 90, as redes sociais surgiram nos Estados Unidos e Canadá com intuito de ligar pessoas umas as outras, em interação auxiliada pela facilidade que a internet já começava a trazer naquela época.

De lá pra cá o tempo passou e assim muitas coisas tiveram suas respectivas mudanças em virtude das atualizações, inclusive as redes sociais que com o apreço e apego dos usuários, cresceram, dispersaram-se e expandiram de forma a receberem diversas nomenclaturas: Orkut, MSN, Twitter, Facebook, Instagram, entre outras.

Podemos sustentar a tese de que as redes sociais estão ligadas a áreas como a Antropologia e a Sociologia, pois ambas as disciplinas do campo de Ciências Humanas e Sociais, referem-se aos estudos do comportamento da sociedade. Asseguro essa ideologia em função de as redes sociais sempre, desde o seu surgimento, girarem em torno de convergências de naturezas sociais humanas.

Talvez um minucioso estudo apurado por essas disciplinas explicasse as indignações de alguns sujeitos em relação aos avanços constantes das redes sociais na questão do descontentamento por algo que os desagradam, sem ao menos saber qual é a atual função das redes sociais. Penso sistematicamente que isto seja por falta de acompanhamento periódico.

Por exemplo: um internauta que tem o quantitativo de 1500 a 2 mil amigos em uma rede social. Asseguro sem medo de errar que este não interage com metade desse quantitativo virtual, e quando o mesmo faz uma determinada postagem e não vê interação como o esperado (seja curtidas ou comentários), este ameaça o corte de metade de sua rede em público virtual, além de nomeá-los em uma nova postagem usando frases chamadas de indiretas, do tipo, “excluindo os fantasmas”; “bisbilhoteiros de plantão excluídos em 3, 2, 1”; “vou excluir minha rede social”, etc. Esse internauta usa sua rede como se ele fosse a pessoa mais importante em toda a internet e no mundo, e toda a atenção tivesse que ser voltada para sua postagem.

Posso afirmar que esse sujeito não acompanha o avanço das redes, e por isso está em atraso na questão do entendimento da funcionabilidade e serventia das mesmas.

Há alguns anos atrás as redes sociais eram realmente apenas ferramentas de interação, mas atualmente elas vão muito além dessa proposta, pois nos últimos anos elas se tornaram ferramentas também de trabalho, educação, publicidade, política, informação, comunicação, entre outros serviços de cunho sociais.

Concluo dizendo que as redes sociais ainda têm papel de interação entre amigos sim, que ligam pessoas de todo o mundo em diversos contextos sociais, porém, as ferramentas de dialogicidade que elas nos oferecem, as fazem ir muito além disso. A facilidade que elas trazem aos sujeitos na questão do trabalho, talvez seja uma das maiores utilidades colocadas aos usuários hoje.

Falta-lhes a certos indivíduos atualizações com a mesma velocidade em que as redes sociais atualizam suas propostas, caso contrário, estes ficarão para trás criticando uma proposta atrasada de um programa que já está com um engajamento muito além do que ele imagina.