Assistindo a algumas rodadas do game Show do Milhão Picpay, do SBT, exibido nas noites de sextas-feiras, fiquei espantado com alguns equívocos grotescos de alguns universitários presentes, a postos no programa com o intuito de auxiliar os jogadores participantes, em caso de dúvidas.
Não trago aqui uma crítica generalizada a estudantes, professores e universidades em geral, pois sei que há muitos que encaram seus afazeres acadêmicos com muita seriedade, com o verdadeiro propósito da busca e compartilhamento do genuíno conhecimento, mas, como comentarista crítico e professor recém formado também por uma universidade, não posso ver o que tenho visto num programa, como o Show do Milhão, e presumir tal coisa como normal.
Por exemplo, em recente exibição do programa, uma participante pediu a ajuda dos universitários para resposta de uma questão considerada até fácil. Uma universitária, tentando ajudar, errou a escolha da opção como a resposta correta.
Meu estranhamento não gira em torno do erro da resposta, mas na forma em que sucedeu esse erro, sendo que, a pergunta, estava ligada a conteúdos da formação da estudante “ajudante”.
Até agora não consegui entender como a acadêmica respondeu a única opção que não tinha nada a ver com o assunto da pergunta. Sei que todos nós, seres humanos, somos passíveis de errar, mas nesse caso, foi gritante pelo contexto da resposta em referência à pergunta. Quem assistiu e prestou atenção, sabe do que estou falando.
Esse não foi um caso isolado, pois se pegarmos VT’s de exibições anteriores do programa, veremos outros casos como esse, e como dito antes, não se trata de uma generalização, mas dessa forma, fica difícil acreditar que da nova geração de acadêmicos, todos de fato serão bons profissionais, como se espera. E repito, digo isso, não pelos erros dos sujeitos, mas pela forma em que eles acontecem.