Magno Malta fala sobre Bolsonaro no PL, e como isso mexeria com o cenário no ES

O anúncio da ida do Presidente da República Jair Bolsonaro para o Partido Liberal (PL), está mexendo com os bastidores da política. Aqui no ES, o partido é presidido pelo ex-senador Magno Malta que atendeu nossa reportagem para responder alguns questionamentos que surgem quando avaliamos as perspectivas para o ano que vem.

Sobre a ida do presidente ao partido após uma certa competição entre outras siglas, Malta disse que a chegada do presidente Bolsonaro é muito bem vinda, para o ex-senador o nome de Bolsonaro representa a nação cristã, conservadora com os valores Deus, Pátria e Família.

“Defesa do nascituro, defesa da vida, defesa do cidadão, no sentido de que ele possa guardar sua vida, sua família, seus negócios, sua empresa, seu patrimônio e que tenha segurança num país onde estado e bandidos estão armados, e cidadãos desarmados. É um presidente que representa esse Brasil conservador, é o presidente que nós elegemos, ele estar no partido é muito bem-vindo”.

Palanque para Bolsonaro no ES

Já sobre as alianças que serão feitas e de como isso vai interferir no cenário aqui no Estado, Magno Malta fugiu das polêmicas, mas nas entrelinhas deu para observar alguns sinais e próximos passos a respeito do processo eleitoral do ano que vem.  

Segundo ele, o nome de Bolsonaro mexe no tabuleiro inteiro país a fora, mas Malta revelou que no plano nacional há um desenho já sendo estabelecido pelo próprio presidente como um tripé de apoio principal ao possível projeto de reeleição, composto pelos partidos Progressistas (PP), Republicanos, e o próprio PL que será o partido dele.

Questionado sobre como ficaria a situação do PP aqui no Estado, já que o partido é alinhado com o governo de Renato Casagrande (PSB), Magno fez uma fala em tom de respeito, mas disse que espera que as executivas nacionais resolvam tais questões.

“Há uma mexida sim nos estados, eu não posso responder pelo PP do Espírito Santo que tem o ex-deputado Marcus Vicente como presidente, o deputado Evair de Melo, e outras lideranças, eu espero e entendo que as executivas nacionais tenham se entendido, mas eu não posso falar pelo PP. Mas o partido está no tripé de apoio nacional”.

Ele disse que uma vez estabelecida a chegada do presidente ao PL, agora é hora dos partidos se falarem: “É claro que todos nós devemos conversar, são entendimentos nacionais, e nessa discussão eu não me atrevo, porque não conheço nos estados, mas é legítimo e plausível que todos nós conversemos e que vamos apoiar o presidente da república”.

Durante a entrevista sobre a avaliação para o cenário e possíveis partidos que irão integrar a aliança de apoio à reeleição de Bolsonaro no ES, Magno Malta citou também o PSD de Neucimar Fraga, segundo o ex-senador o deputado federal tem expressado que vai apoiar o presidente Bolsonaro, ele falou do PTB, e disse entender que o Patriotas também, mas quanto ao Patriotas deixou em aberto:

“Não sei após essa movimentação porque o Patriotas esperava receber o presidente, mas teve toda uma dificuldade, mas todo mundo tem que conversar entre si”.

Candidatura ao Governo do ES

Quando perguntado sobre o nome de Manato para ser o candidato ao governo representando o bloco, o experiente político fez uma fala respeitosa, mas não cravou nada a este respeito.

“Com relação a candidatura do ex-deputado Manato é legítima, ele tem legitimidade para colocar sua candidatura, só que todos nós neste momento temos que conversar, os partidos que estão com o presidente da república, é um momento de muita conversa”.

Senado

Já sobre sua possível candidatura e volta ao Senado, Magno foi mais claro e sinalizou que este deve mesmo ser o seu destino no ano que vem.

“Quanto ao meu caminho eu posso ser candidato a qualquer coisa, mas a pedido do próprio presidente, e eu percebo que há um clamor nacional e também no estado, as pessoas entendendo que só o Senado tem força para fazer o enfrentamento digo constitucionalmente ao Supremo Tribunal Federal, eu não sou senhor de mim mesmo, mas até o momento é ao Senado da República que me parece ser o meu caminho natural”.