Costumo dizer que o brasileiro se vira como pode para superar as dificuldades da vida. Claramente, nada mais evidente quando remetemo-nos aos dias em que estamos vivendo, com as dificuldades impostas, principalmente em virtude da pandemia. Piora ainda mais com os preços de produtos essenciais, que já eram exorbitantes, passando a ficar cada dia pior.
Com o alto índice de brasileiros formalmente desempregados, vemos diariamente pessoas dando seus pulos de diversas formas: vendendo doces, picolés, água, máscaras e outros produtos pelas ruas, praças, praias, ônibus, terminais rodoviários e em outros ambientes. Isso, para garantirem pelo menos o que ter em suas mesas.
Enquanto isso, produtos como, de supermercados e postos de combustíveis, gás, água, energia, etc., continuam subindo de preços, como se fosse natural, como se todos os brasileiros estivessem muito bem empregados, recebendo vencimentos compatíveis com os reajustes dos preços dos nossos consumos.
Sabendo que o Brasil é constituído, em sua maioria, por pobres, trabalhadores muito mal remunerados e desempregados - que por ora estão dando seus pulos para não morrerem de fome, - porque ninguém intervém por esse público sofredor? Cadê os órgãos competentes e as nossas autoridades, representantes do povo? Sei que essa questão não depende unicamente de política e seus órgãos, pois há uma série de questões que viram imbróglios a favor dos reajustes, mas independente disso, os mais fracos, ficam cada vez mais expostos, à mercê de suas próprias sortes.
Mas eis a questão... Tentar intervir pelos interesses próprios, com certeza é muito mais viável do que brigar pelo povo. Claro que não podemos generalizar, mas são poucos os que se preocupam de fato com a população. É como bem disse Eduardo Costa, na música Cuidado: “é cada um por si e Deus por nós”.