Alô papais e mamães que acabaram de ter um bebê! Vocês já fizerem o teste do pezinho nele? O exame, que é e obrigatório, é disponibilizado gratuitamente pelo SUS e sua coleta deve ser realizada preferencialmente entre o terceiro e quinto dia de vida do recém-nascido, sempre após passadas 48h da primeira amamentação/alimentação.
O objetivo principal do teste é detectar precocemente doenças com o intuito de impedir o desenvolvimento delas, propiciando o tratamento em tempo hábil. Do contrário, elas podem levar à deficiência intelectual e/ou causar outros prejuízos à qualidade de vida. “Aqui vale o famoso ditado ‘a prevenção é sempre o melhor remédio’, pois quanto antes descobrir a doença mais rápido e fácil será o tratamento”, explica a enfermeira da Vigilância Epidemiológica Cleide Beatriz Gasparini da Silva Lopes.
As doenças que o exame detecta são: Hipotireoidismo Congênito, Fenilcetonúria, Anemia Falciforme e outras Hemoglobinopatias, Fibrose Cística, Hiperplasia Adrenal Congênita e Deficiência de Biotinidase.
O teste do pezinho é rápido e é realizado por meio da coleta de gotas de sangue do calcanhar do bebê em papel filtro. “Aqui em João Neiva ele é coletado na Sala de Vacinação na Unidade de Saúde Gadioli, de segunda a sexta-feira, das 7 às 16h. Após a coleta o material é encaminhado para o Centro de Diagnóstico Dr. Américo Buaiz (Cedab), que funciona na Apae Vitória”, informa a enfermeira.
Os pais ou responsáveis pelos recém-nascidos com exames alterados são reconvocados através de busca ativa para realização de novos exames e avaliação clínica para confirmação. “O acompanhamento e/ou tratamento é realizado todo de forma gratuita na Apae Vitória. A Prefeitura de João Neiva disponibiliza o transporte”, acrescenta Beatriz.
Antônia Rosa de Moura diagnosticou através do teste do pezinho a doença fenilcetonúria (ou fenilalanina) em seu filho João Pedro quando recém-nascido. “Se não fosse o exame de pezinho talvez não teria descoberto e a doença poderia se agravar. Graças a Deus a doença foi detectada a tempo e rapidamente iniciamos o tratamento, que ajudou muito meu filho”.
Ela completa relatando que ele está muito bem e que é uma criança muito sadia, ativa e que aprende as coisas muito rápido. “Hoje ele está com três anos e continua o tratamento, mostrando um resultado cada vez melhor. Só tenho a agradecer a equipe da Apae e da prefeitura de João Neiva que sempre nos deram toda a atenção e suporte”.
A fenilcetonúria ou fenilalanina, se não for tratada, pode causar danos cerebrais, deficiência intelectual, sintomas comportamentais ou convulsões e feridas na boca. O tratamento inclui uma dieta rigorosa com limitação de proteínas.