O ser humano é carregado de manias, entre elas, a de reclamar coisas vãs, que não levam a nada.
No âmbito geral, há pessoas que reclamam da chuva, enquanto outros reclamam do sol; uns do calor e outros do frio; alguns reclamam do vento, enquanto outros reclamam da ausência dele, e assim por diante... Ou seja, até as coisas simples, propiciado naturalmente pela própria natureza, coisas que ninguém pode mudar, são alvos das reclamações humanas, demandada por suas manias.
Agravando a situação, aparecem os sujeitos que reclamam da corrupção política, porém, entre estes, muitos são os que, por exemplo, “furam” filas para levar vantagens, se achando “os espertos”, quando na verdade, são tão corruptos como os representantes políticos, os quais eles mesmos reclamam.
Isso não significa que devemos nos calar em tudo, e principalmente em coisas sérias, por exemplo, quando nos sentimos lesados em nossos direitos, pois há situações que devem e exigem de nós, que reclamemos. Reclamar, na verdade é um ato digno e até louvável quando há consistência na reclamação, isto é, quando algo aflige o direito do reclamante. Em simples palavras, quando o reclamante está com a razão. Caso contrário, fará jus ao pensamento do grande filósofo romano, Sêneca, que diz: “Sem razão, o mar reclama novamente sobre a navegação.”
Concluindo, deixar de reclamar sabiamente e com a razão, faz com que o sujeito seja “passado para trás”, mas reclamar coisas banais e/ou sem a razão, faz com que o sujeito se torne como o mar de Sêneca, que reclama continuamente dos barcos, mas de nada adianta, pois os barcos, sempre estarão por ele a navegar.