O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) emitiu uma nota, na noite de quinta-feira (22), respondendo declarações feitas pelo presidente Jair Bolsonaro, que ainda na manhã de quinta disse que não poderia “admitir” que os votos das eleições fossem apurados por “meia dúzia de pessoas com uma chave criptográfica em sala secreta lá no Tribunal Superior Eleitoral”.
Em sua defesa, a Corte eleitoral alegou que “o sistema eletrônico é auditável antes, durante e depois da votação”. O conteúdo ainda afirma que “a apuração dos resultados é feita automaticamente pela urna eletrônica logo após o encerramento da votação”.
– Nesse momento, a urna imprime, em cinco vias, o Boletim de Urna (BU), que contém a quantidade de votos registrados na urna para cada candidato e partido, além dos votos nulos e em branco. Uma das vias impressas é afixada no local de votação, visível a todos, de modo que o resultado da urna se torna público e definitivo – disse o TSE.
A Corte informou ainda que o processo de apuração dos votos é realizado pela urna eletrônica antes da transmissão de resultados, que ocorre por uma rede de transmissão de dados criptografados. Ao chegarem ao tribunal, segundo a nota, a integridade e autenticidade dos dados são verificados e se inicia a totalização dos resultados por meio de um supercomputador.
– O resultado final divulgado pelo TSE sempre correspondeu à soma dos votos de cada um dos boletins de urna impressos em cada seção eleitoral do país – defendeu o tribunal.
Nos últimos meses, o presidente Jair Bolsonaro tem se mostrado bastante crítico ao atual sistema de registro e apuração dos votos que, segundo ele, abre brechas para fraudes. O líder afirma que a eleição presidencial de 2014, vencida por Dilma Rousseff (PT), foi na verdade uma vitória do tucano Aécio Neves (PSDB). Bolsonaro se comprometeu a provar suas alegações na próxima semana.