Vergonha nacional – O aumento bilionário do Fundo Eleitoral

“Aumento bilionário do Fundo Eleitoral é o que interessa e as necessidades do povo brasileiro não tem pressa”. Parece que é dessa forma que pensam “os engravatados” do Congresso de Brasília.

Na edição da última sexta feira, 16 de julho, a redação do jornal O Diário, publicou que “A Comissão Mista de Orçamento (CMO) aprovou [...] que a verba destinada ao fundo eleitoral passe de R$ 2 bilhões para mais de R$ 5,7 bilhões, representando um aumento de quase 200% em relação às eleições de 2018”. 

Opa! Respiremos fundo e voltemos ao planeta Terra... É isso mesmo, o que já era alto, passa agora a extrapolar os limites da incredulidade, dando mais um tapa na cara dos brasileiros.

Em pleno momento em que o caos pandêmico ainda está longe de ter um fim definitivo para tentarmos o equilíbrio cabal da nossa economia, lá em Brasília arquitetam triplicar os 2 bilhões que saem do bolso do povo, para injetarem em suas campanhas eleitorais que acontecerão daqui a mais de um ano. Absurdo, pois temos muitos compatriotas vivendo em situação caótica, sem sequer ter condições de fazer uma única refeição por dia.

Esse ano, milhares de brasileiros assalariados não receberão o PIS/PASEP no valor de um salário mínimo (R$ 1.100,00), adiado pelo Governo Federal, para investimento no programa Bolsa Família. Se os milhares de assalariados não podem ter o abono anual porque o governo entende que no país existem pessoas mais necessitadas que esses assalariados, porque nossos políticos podem tranquilamente triplicar aquilo que já era mais que suficiente para suas campanhas? Entendo que seja alto o gasto das campanhas eleitorais, mas aumentar esse orçamento de R$ 2 para R$ 5.7 bilhões, já ultrapassa o absurdo, levando em conta o grande número de brasileiros necessitados que poderiam usufruir muito melhor dessa verba, se a eles fosse fatiado o montante.

Tiram do pobre para dar ao mais pobre, e continuam tirando do pobre para fazer a cama dos políticos. Dessa forma, não há país funcione social e economicamente igualitário. É como bem dizia o grupo As Meninas no final dos anos 90: “Onde o rico cada vez fica mais rico e o pobre cada vez fica mais pobre.” Alguém ainda tem dúvidas de que lugar As Meninas estavam falando?