Na última segunda feira, 05 de julho, a Petrobras anunciou mais um reajuste no preço do gás de cozinha, que começou a valer a partir de terça feira, 06. E não parou por aí. Junto com o gás, tiveram aumento, os preços da gasolina e do diesel.
Os constantes reajustes - desses e outros produtos - parecem ir na contramão, no que tange a inflação, ainda mais se comparando com a proporção do único reajuste salarial, de apenas 5,26%, concedido em janeiro. Ou seja, o salário, que no ano passado era R$ 1045,00, subiu para R$ 1100,00 esse ano, sendo que, o preço do gás de cozinha, em janeiro de 2020, custava em média R$ 66,00 e chegou ao final do mesmo ano a custar, em média, R$ 76,00 para o consumidor final.
Se partirmos do pressuposto de que o preço desse produto começou sendo vendido em média a R$ 76,00 em janeiro desse ano, os constantes reajustes, já ultrapassaram o limite de reajustamentos do ano passado, isso em curto período de apenas 6 meses. Basta pegar uma calculadora para conferir e ter ciência disto.
Enquanto, gás, combustível e outros produtos aumentam seus preços constantemente, não há como não se lembrar do fatídico professor Raimundo (saudoso Chico Anysio) da Escolinha, que dizia: “E o salário, ó...”, fazendo gesto de “pequeno”, praticamente juntando dois dedos de uma mão. Ou seja, quanto mais as coisas sobem de preço, mais diminuído fica o baixo salário do trabalhador em seu bolso.
Se na época da Escolinha, o bicho já estava pegando para o professor Raimundo, trabalhador assalariado como era na ficção, imagina agora para os trabalhadores na realidade.