O que leva a justiça brasileira a conceder benefícios a certos indivíduos condenados pelo próprio sistema, por cometerem crimes, inclusive hediondos, contra a vida alheia? Esse é um questionamento sem respostas que atendam verdadeiramente os anseios da sociedade de bem, pois a teoria de que os bons comportamentos dão a estes sujeitos tais benefícios, me parece não equivaler da veracidade, quando a gente observa grande percentual que está livre, cometendo os mesmos delitos, ou até piores, aqui fora.
Penso que bons comportamentos devem ser manifestos em meio à sociedade, e não trancafiados, pagando o preço por algo já cometido contra esse mesmo corpo social.
A exemplo, está um nome bastante badalado nas páginas policiais nos últimos dias, Lázaro Barbosa, que desde 2007, vem aumentando sua lista de crimes contra a vida. Segundo o portal R7, em 2009, Lázaro já havia sido preso por roubo, estupro e porte ilegal de arma de fogo. Em 2013, um laudo apontava o meliante como um psicopata imprevisível de comportamento agressivo e impulsivo, mas mesmo assim, concederam-lhe o benefício do regime semiaberto, por bom comportamento, sendo liberado para a tal saidinha de Páscoa daquele ano, porém, não retornou mais, posteriormente sendo preso novamente pela polícia, vivendo entre fugas, crimes e novas apreensões.
Aí pergunto: que raio de bom comportamento é esse? Enquanto pessoas como o Lázaro ganham benefícios que podem tirar a paz e a vida de muita gente, a população ganha medo, pavor, reféns do próprio sistema judiciário e de crápulas como o tal Lázaro.
A polícia faz sua parte ao tirar criminosos das ruas, mas pouco adianta se o sistema lá em cima não coopera com a sociedade aqui em baixo, endurecendo os regulamentos. Observo a urgente necessidade de mudanças nessas leis, aniquilando essas brechas existentes nelas, que só beneficiam o agressor e põem a sociedade agredida pelo medo, em perigo e terror constantes.