Na tarde desta quarta-feira (09), o presidente da Assembleia Legislativa do Espírito Santo deputado Erick Musso (Republicanos), fez uma publicação em seu Twitter que mexeu com os ânimos do cenário político capixaba.
Musso disse que o Governo do Estado tem até domingo para dar explicações plausíveis sobre as suspeitas de irregularidades que foram apontadas em investigação da Polícia Federal na Operação Volátil no começo da semana.
Um suposto esquema foi montado para fraudar a compra de álcool em gel pelo governo, onde empresas suspeitas de lavagem de dinheiro estariam envolvidas.
Segundo a publicação caso não haja uma explicação convincente, Musso vai reunir os deputados para que medidas sejam tomadas a fim de esclarecer os fatos. De acordo com a publicação os envolvidos deverão ser chamados pela Casa para prestar os devidos esclarecimentos à sociedade capixaba.
Veja a publicação feita no Twitter de Erick Musso:
Entenda o caso
A Operação Volátil teve início com o recebimento de relatórios da CGU/ES e do TCE/ES, instituições conveniadas do Focco/ES, apontando irregularidades na aquisição de álcool em gel pela SESA/ES, em processo de compra com dispensa de licitação ocorrido nos meses de março e abril de 2020.
As auditorias realizadas pelos órgãos de controle e as investigações conduzidas pela PF indicam que a empresa que forneceu o álcool para a SESA/ES foi criada com a finalidade de participar do certame, sem qualquer histórico de atuação no fornecimento desse tipo de material. Há ainda indícios do uso de documento falso para comprovar a capacidade técnica de fornecimento do álcool em gel contratado, bem como indicativo de superfaturamento no valor do bem.
Durante as investigações foi possível constatar que os empresários envolvidos movimentaram os recursos recebidos com a venda do álcool para o Governo do Espírito Santo para outras empresas do grupo, parentes e empresas em nome de terceiros, em operações financeiras típicas da prática de lavagem de dinheiro.
Ainda durante as investigações da Operação Volátil, em 25/3/2021, a Polícia Civil e o GAECO do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro deflagraram a primeira fase da Operação Chorume, e face à coincidência dos integrantes do grupo criminoso também investigado no Espírito Santo, as instituições passaram a compartilhar informações acerca da organização criminosa investigada, culminando na deflagração conjunta das operações policiais na data desta segunda-feira 07.
CRIMES INVESTIGADOS PELA POLÍCIA FEDERAL
Os investigados poderão responder pela prática dos delitos de Organização Criminosa (Art. 2 da Lei 12.850/2013), Fraude a Licitações (Art. 90 da Lei 8666/93) e Lavagem de Capitais (Art. 1º da Lei 9.613/1998).