A Mesa Diretora da Câmara de Aracruz tem dado um péssimo exemplo no que diz respeito a relação de transparência e clareza aos trabalhos do legislativo nesta legislatura.
Desde o início, o presidente Lula (DC), tem se manifestado de forma contundente a evitar os debates em torno de qualquer tema que traga algum desconforto ao seu aliado, o prefeito Dr. Coutinho (Cidadania). Sempre com intervenções e interpretações muito singulares do regimento interno, e por vezes, a tentativa de anular aquela que é a principal prerrogativa de um parlamento, o debate em torno dos temas propostos.
De forma obscura Lula tem buscado debates “escondidos” da população, onde toda vez que há um tema a ser debatido em plenário, a sessão é suspensa para uma conversa particular na sala anexo com os parlamentares, deixando claro a ideia de manobras nas sombras e sabe-se lá mais o que? Uma vez que as sessões são transmitidas justamente para que a população acompanhe os debates e saiba os posicionamentos dos parlamentares eleitos com o voto público.
Porque não debater em plenário? Porque todas os questionamentos precisam ser esclarecidos em separado?
Estas são perguntas difíceis de encontrar uma resposta plausível por parte de qualquer um.
A suspensão de uma sessão é algo previsto em lei, a Mesa pode decidir isso sempre que necessário, mas daí a tornar isso um instrumento para acobertar, ou driblar o rito de um parlamento de forma aleatória, não soa nem um pouco democrático.
Neste molde, a atuação do presidente fere gravemente o princípio da transparência, e anula quase que por completo a capacidade de compreensão da população sobre o que realmente se discute na Câmara.
Um internauta questionou, “tem mais sessão escondida do que transmitida”, se referindo ao fato dos parlamentares deixarem o plenário várias vezes ultimamente para a sala fechada.
Com medidas como essa, a popularidade e aceitação da atividade parlamentar em Aracruz, se afasta cada vez mais das boas práticas que devem reger a vida pública dos eleitos pela população.