O brasileiro é conhecido por algumas características ligadas às suas ações e emoções festivas, como exemplo, oriundas da alegria do samba e do futebol.
De certo ponto de vista, é bom ser reconhecido por atributos exultantes, mas quem não conhece a realidade social do nosso povo, até acredita que tudo no Brasil são mil maravilhas, porém, nós que vivemos aqui, sabemos que as coisas não são bem assim, mas o que me deixa intrigado dentro desse contexto, é o fator que envolve o excesso da felicidade, num país em que a realidade social da maioria, ofusca a veracidade de tamanha alegria.
A exemplo disso, o Campeonato Brasileiro começou, e quem torce pelos clubes que têm elencos mais capacitados à disputa do título, obviamente estão esperançosos, sorrindo de orelha a orelha a cada rodada. Compram-se camisas originais e outros materiais da marca do clube, atropelando até seus próprios orçamentos mensais, e nos dias das partidas, famílias param para se adequarem aos jogos da melhor maneira possível, adiando ou até arquivando outros compromissos.
Ganhando, empatando ou perdendo as partidas, ao final de cada mês, os jogadores - que moram em condomínios e mansões de luxo e portam carros de alta ostentabilidade -, recebem seus exorbitantes salários, enquanto, há torcedores que vivem em condições precárias, sem a mínima estrutura, e mensalmente recebem seus mínimos salários para fatiarem entre pagamentos de aluguel, energia, água, gás, etc., e mesmo assim se dizem felizes, apenas porque os times de suas torcidas estão ganhando jogos e títulos dos campeonatos disputados.
Com essa fala, simplesmente trago à tona, uma reflexão que acorde o torcedor para a realidade, pois entendo que seja inviável, por exemplo, o investimento de R$ 300,00 a R$ 400,00 em uma camisa do clube de coração, sendo que minha realidade financeira é diferente dessa condição.
Entretanto, de forma consciente, torcer sim, mas sem qualquer fanatismo, principalmente que afete a vida financeira e social sua e de sua família.