Não é novidade nenhuma o fato da mídia tendenciosa se apropriar da desventura alheia para seu benefício próprio, isto é, para vendagem de notícias. Até certo ponto, normal, já que um dos papeis dela, é de fato levar conhecimento à população.
Um pouco confuso, né? Vou elucidar minha fala, citando duas grandes ocorrências recém acontecidas, mas que tiveram repercussões muito diferentes.
Primeiro o incidente na comunidade do Jacarezinho, no qual, vitimou 28 pessoas - entre elas, 26 suspeitos. Repercussão crítica total sobre a ação da PM e lamentos pelos suspeitos mortos... E o policial que morreu covardemente nessa ação? A mídia pouco importa, por isso nem fala, mas minha maior criticidade gira em torno de alguns políticos que se apropriaram desse acontecimento, para prestar “condolências” através de suas redes sociais, aos familiares dos traficantes que morreram na operação e também criticarem a ação policial. Mas será que o intuito foi realmente a prestação de condolências? Conta outra! Não acredito em políticos tendenciosos. Como diz o ditado, para quem sabe ler, um pingo é uma letra. As eleições 2022 se aproximam, e esses querem ser lembrados como uma espécie de “os condolentes do Jacarezinho” durante suas campanhas.
O outro acontecimento foi tragédia na creche de Santa Catarina, na qual, um indivíduo covardemente tirou a vida de inocentes (duas professoras e três crianças). Parece que esse incidente nem existiu, pois a mídia não coloca nenhuma ênfase na notícia, fazendo-a não repercutir como deveria. E os referidos políticos? Visualizei as redes sociais de dois dos que se pronunciaram condolentes ao Jacarezinho e não encontrei uma citação sequer que contemplasse a chacina catarinense, muito menos sentimentos aos familiares das vítimas. Talvez porque pensam que professores são seres sem a mínima importância eleitoral e crianças não ainda votam.
A esse tipo de mídia e político, deixo o meu desprezo e repúdio.