Não é novidade afirmar que economicamente a população brasileira é mal dividida por classes, nas quais, muitos (a grande maioria dos sujeitos) estão inseridos no escalão inferior (classes baixas) e pouquíssimos são os elitizados que ocupam as classes superiores, que detém o maior poder financeiro e econômico no/do país.
Mas de onde origina-se tamanha desigualdade entre essas classes? Na verdade, essa desigualdade já existe, praticamente desde a colonização e ficou ainda mais exposta na época da escravidão no país, mesmo após sua abolição em 1888, já que liberaram os negros escravizados sem a mínima condição financeira e social para suas sobrevivências. Porém, hoje podemos assegurar que a sustentação do problema não emana de uma só causa.
Segundo a professora, historiadora e especialista em relações internacionais, Juliana Bezerra, de acordo com a ONU (2010), estão entre as principais causas do problema: “a falta de acesso a educação de qualidade, a política fiscal injusta, os baixos salários e as dificuldades de acesso aos serviços básicos (como saúde e saneamento básico)”. Entretanto, a potente fomentadora da pobreza ligada diretamente aos fatores político-legais é a corrupção, que rouba dos sujeitos os direitos à saúde, educação, segurança, geração de empregos e qualidade vida social, no intuito do desvio e retenção da verba alheia (pública) de forma ilegal.
Concluindo, é como destaca a dupla Lorena e Rafaela (2016) na música Políticos de terceiro mundo, relatando que “Das escolas e hospitais o dinheiro é roubado, pra encher conta bancária do político folgado.” E complementa mencionando que dessa forma “a situação se torna insuportável para muitos”, ou seja, lá em cima, enquanto políticos corruptos e folgados retêm o que é do povo, muitos aqui em baixo sofrem insuportavelmente, introduzidos em situação de pobreza e miserabilidade.