Nas últimas décadas, uma das maiores reclamações do ser humano, talvez tenha sido a falta de tempo.
Certa vez um sábio chamado Salomão disse que “tudo tem seu tempo determinado” (Eclesiastes 3:1), ou seja, há tempo para tudo. Então porque reclamamos da ausência de tempo no nosso dia a dia?
O que acontece, é que vivemos um século em que o imediatismo tecnológico é característico da época, e por falta de gestão, permitimos que o mesmo nos roube tempo, sem termos a mínima percepção de submissão empenhada no desperdício dele. Isso desmente o argumento humano, no que tange a falta de tempo como desculpa que usamos no não desempenho de tarefas do nosso cotidiano e demais compromissos diários, mensais e até anuais. O que falta em nós é a administração do nosso tempo.
Sabendo que administração do tempo é uma construção de forma organizada, de um planejamento, na qual, nos permitirá a empenhar e empregar o tempo de maneira dividido em coisas específicas na ordem prioritária, temos uma base de que, por exemplo, televisão, jogos on-line e eletrônicos, WhatsApp e redes sociais, não são efetivamente circunstancias de ordens primárias, na qual, preferencialmente temos a necessidade de iniciarmos e terminarmos o dia empenhados nessas diversidades de softwares, deixando compromissos e demais ocupações eminentes e essenciais em segundo plano.
No século XVIII, o físico Benjamin Franklin (1706-1790) dizia: “tempo é dinheiro”. A fala de Benjamin, talvez esteja um pouco equivocada (pois tempo é mais que dinheiro), mas também há verdades compreendidas em sua citação, se pensarmos que o sujeito que desperdiça tempo, desperdiça valores, pois nossas ocupações e compromissos são carregados de valores, mesmos que ocultados em si, ou seja, sempre que desperdiçamos tempo, deixamos escapar uma oportunidade de empregar o uso do mesmo em algo de valores econômicos, intelectuais, sociais, etc., sem contar que, dinheiro é algo recuperável, enquanto, tempo é antônimo, não se recupera aquele que foi desperdiçado.
Não estou criticando o uso dos recursos tecnológicos, que por sinal, são excelentes, se utilizados dentro de uma administração de tempo correta. Trago apenas uma crítica social na qual, segundo acredito, poderá auxiliar leitores na questão de conscientização referente a tal falta de tempo, tão reclamada e questionada, principalmente por nós brasileiros, que em pleno século XXI, temos permitido que as novidades tecnológicas nos envolva com tamanha facilidade, de maneira em que viciemos nelas sem a percepção do fato. A partir daí, o tempo passa, “voa” e a gente não vê.