Observando o tamanho geográfico do Brasil, reconhecemos que moramos em um país com dimensões continentais. Talvez essa seja uma das explicações para as dificuldades do enfrentamento ao vírus da Covid-19, pois nossa população é composta por mais de 211 milhões de habitantes, espalhados em uma área de 8.516.000 km².
Pois bem, concordo de fato que, quanto maior a nação, maiores são as dificuldades para o controle da doença viral, já que sua disseminação acontece de forma muito simples, porém, se fatiarmos o país por estados, veremos que tem outros imbróglios que dificultam esse enfrentamento.
Por exemplo, se pegarmos o tamanho geográfico de um país, como a Nova Zelândia (268.021 km²), e compararmos com algum estado brasileiro, veremos que ele tem território com quase a mesma dimensão que o estado do Tocantins (277.720 km²).
Do início da pandemia - março do ano passado - a até a última segunda feira (05/04), segundo o painel Covid, o estado do Tocantins registrou 2.219 óbitos pela doença. Agora pasmem com essa informação: segundo o mesmo painel Covid, a Nova Zelândia registrou nesse mesmo período, apenas 26 óbitos pela mesma doença e de acordo com a especialista em temas internacionais, Sandra Cohen (2020), isso se deve a “medidas rigorosas, rápida adesão ao bloqueio e um programa eficiente de testagem e rastreamento de casos”.
Lógico que além dessa comparação geográfica, há vários fatores que devem ser levados em conta, mas não há como negar que a política influencia muito nessa questão. Vejo que falta à nossa política, a mesma competência e seriedade utilizada na política neozelandesa no enfrentamento à doença... E ao povo brasileiro, a mesma cooperação que teve o povo neozelandês para o sucesso do regresso da disseminação do vírus, culminando de forma automática na redução de contaminados e óbitos.