A manhã desta terça-feira 23, começou com mais um ato de protesto dos comerciantes e lojistas de Aracruz. Após uma reunião logo cedo por volta das 6h, eles decidiram pela manifestação interditando o principal acesso à cidade de Aracruz.
Os manifestantes fecharam a Rodovia ES-257 Aracruz x Ibiraçu, atearam fogo em pneus e gritam frases que deixa claro a insatisfação com os decretos estadual e municipal que proíbe a abertura de comércios considerados não essencial durante a quarentena.
_ Nosso trabalho é essencial para o sustento de diversas famílias, geramos empregos e renda para nossa cidade. Contou Evilásio Costa.
Segundo Juliano Broetto que tem seu negócio prejudicado com o fechamento desde a última quinta-feira (18), quando entrou em vigor as restrições da quarentena imposta pelos decretos, o protesto não tem hora para acabar, e enquanto não houver a chegada de um responsável pela prefeitura de Aracruz para negociar, a via deve ficar bloqueada.
Os comerciantes entendem que suas lojas não contribuem para a transmissão do vírus como é divulgado pelas autoridades, eles alegam que seguem todos os protocolos de segurança, e a circulação de pessoas é muito pequena se comparado a outros lugares como Bancos, Lotéricas, Supermercados, e principalmente o transporte público.
Reunião
Ontem os lojistas fizeram um protesto em frente à Câmara de Aracruz, com cartazes que cobravam o direito a trabalhar e uma posição dos parlamentares, eles aguardaram e ao fim da sessão, uma reunião foi realizada com os vereadores.
Muita conversa e pouca solução, essa foi a definição da reunião com a Câmara ontem à noite.
“Alguns vereadores se preocuparam mais em defender o prefeito do que se posicionar de fato para uma solução, dizer que está apoiando da boca pra fora não resolve nada, eles são as autoridades eleitas por nós, e deveriam fazer isso quando a gente está precisando”. Desabafou um lojista que pediu pra não ter seu nome citado.
A posição da prefeitura desde o começo tem sido apenas dizer que nada pode fazer a não ser seguir o decreto do Governo. Mas segundo os manifestantes, nunca se viu tanto empenho e rigor para fiscalizar dia e noite, por parte da prefeitura como agora.