O povo continua pagando o pato. Parece até repetição do texto da semana passada, mas não... É a atualização do assunto, que por mais que tentemos acompanhar, parece ser uma missão difícil, pois, na semana passada, no último dia 19, tivemos o quarto reajuste no preço do combustível (gasolina), fazendo com que os seguidos aumentos - somente esse ano - totalizassem quase 35%.
34,8% de reajuste em menos de 60 dias, é muita coisa para quem vive em um país com tamanha desigualdade econômica, social, onde a pobreza impera entre os menos favorecidos, onde a corrupção ainda assola e destrói sonhos, esperanças e vidas.
Onde vamos parar? Quatro reajustes em 50 dias, isso não pode ser levado como normal. Já passou da hora de alguém puxar o freio. A desculpa de que estes reajustes são para acompanhar o mercado internacional não me convence. Se querem espelhar no mercado exterior nessa questão que mexe com o bolso do trabalhador, porque não generalizam e reajustam o salário mínimo de acordo com os percentuais dos produtos reajustados durante o ano? Tenho certeza que ninguém reclamaria, visto que, reajustou determinado produto, reajusta-se também as condições para o trabalhador comprar sem que haja perdas no seu orçamento.
Como dito na semana passada, “a Petrobrás repassa o novo ajuste aos revendedores e os revendedores repassam aos consumidores. E os consumidores, a quem repassam esse abacaxi?”. A ninguém, pois sempre o engolimos com casca e tudo, ou seja, ou pagamos o pato consumindo o produto com preços exorbitantes ou andamos a pé, de ônibus, que por sinal, não nos oferece a mínima segurança.
Dessa forma é complicado pagar o pato e ainda ficar com esse abacaxi.