O ano começou e por mais que muitas pessoas a ignoram, a pandemia ainda continua e progressivamente desafiadora, já que, cada vez mais, muita gente ainda morre devido complicações provenientes da Covid-19. Entretanto, a vida tem que continuar, mas como continuar em meio a tantas desgraças oriundas do vírus, se uma das principais orientações é a manutenção do distanciamento social para nossa segurança?
Penso que a vida deve continuar sim, porém, para sua continuação de modo seguro, tem coisas que dependem de adaptações, como já é de praxe, como já “estamos” fazendo (reclusão social, uso de máscaras, álcool 70%, etc.), mas dentro desse contexto, existem coisas que fogem do nosso controle, e uma delas é a garantia de 100% da manutenção dessa adaptação em determinados ambientes, como por exemplo, em escolas.
Na escola existem professores e pedagogos competentes, capazes de “dar conta” de uma sala de aula, mas não existem super professores para assegurar 100% desses cuidados específicos de proteção contra a Covid, de 15, 20, 25 crianças de uma vez. Por exemplo, numa creche, comumente uma criança pode tirar a máscara, abraçar o colega, colocar as mãos na boca, nos olhos, isso de forma natural, pois ela não tem a real noção do perigo.
Voltar às aulas com a manutenção do Ensino Remoto talvez seja a melhor saída para esse momento, porém, muitos que tem vínculo com a escola (incluindo pais de crianças estudantes) e que detonam o retorno às aulas de forma presencial por medo da pandemia, vivem a vida como se nada tivesse acontecendo, pois levam a vida cotidiana normal, se aglomerando de todas as formas em praias, festas e outros ambientes, sem nenhuma responsabilidade e preocupação, ignorando inclusive o uso de máscaras, álcool, etc.
Por um ano letivo melhor e com mais saúde e segurança para todos, inclusive para nossas crianças, mais sinceridade e menos hipocrisia, pois é feio e não pega nada bem “pregar” o que não vivemos, apenas porque achamos que nos convém.