Nos últimos 30 dias me abdiquei de assistir a TV a cabo, objetivando a atenção à TV aberta. Não digo que me arrependi, porque essa experiência serviu para eu ter certeza daquilo que já sabia na teoria, mas a “prova” me mostrou o quanto a TV brasileira aberta é fraca de conteúdos.
Sei que críticas como essa partem do pressuposto opinativo, mas penso também que muita gente que gosta desses conteúdos, opta por esse gosto por fatores como, a falta de opção e/ou a manipulação da própria mídia que os envolve.
Durante essa experiência que tive, por três dias consecutivos, determinada emissora repetia o mesmo conteúdo de notícia durante toda a sua grade de programação local, dia, tarde e noite. Já a concorrente, “manda para cima” dos brasileiros, nada mais, nada menos que cinco novelas diárias, enquanto a outra disponibiliza em sua grade, programas de fofocas e “barracos”, além de novelas mexicanas antigas e muito mal dubladas durante praticamente toda a tarde. Nem vou comentar as programações dos finais de semana, que na minha opinião, são lástimas televisivas.
Grades como essas podem interessar a muitos brasileiros, mas desses muitos, quantos aderiram e ainda aderem gostos a esses programas por falta de opção?
Há alguns meses, eu assistia a alguns canais portugueses e americanos e não vou dizer que são perfeitos, porque estaria mentindo, mas esses ofereciam mais conteúdos plausíveis, variedades culturais e noticiários, se comparado as programações dos canais brasileiros.
De acordo com o portal eletrônico Nova Central (2016), “A televisão preenche o vazio social e é utilizada pela maioria das pessoas como uma fuga para as dificuldades do cotidiano.” E continua assegurando que “Qualquer um de nós está sujeito a ser influenciado pela televisão [...]. A televisão tem um papel importante na formação das pessoas e pode levá-las a refletir sobre a vida e sobre a sociedade em que vivemos.”
Como dito antes, depende da opinião de cada um e respeito a opinião de quem gosta dessas programações, mas baseando-me no parágrafo acima, pergunto: o que a TV brasileira tem a oferecer na formação de um sujeito?