Sujeito crítico é aquele que tem características de respeitosamente ser crítico em determinados assuntos, principalmente aos que se opõem à sua opinião, fazendo sempre o uso de uma ou mais fontes confiáveis como base de sua fala, visto que, a crítica precisa ser fundamentada em algo concreto para produção de um sentido analítico verdadeiro, caso contrário, o sujeito se torna um “critiqueiro”, termo dado àquela pessoa que não tem base concreta para tecer sua análise (crítica).
Ciente desse conceito que diferencia um sujeito crítico de um critiqueiro, podemos perceber que existem ao nosso redor, muitos indivíduos críticos, porém, muito mais critiqueiros. Por exemplo, numa campanha eleitoral, entre cada 10 amigos eleitores, quantos estudam planos de governos dos candidatos para basearem eventuais críticas aos candidatos de situação e/ou oposição às suas escolhas?
Outro exemplo claro é em torno da chegada da vacina contra o novo coronavírus. Muitos criticam (a vacina) sem ao menos ela ter chegado até nós, mas qual é a base de fundamentação dessas críticas? Muitos asseguram que a imunização (ou matéria prima dela) vindo da China já a torna ruim, mas quantos produtos utilizamos em casa, no nosso dia a dia e até mesmo medicamentos que são fabricados e importados de lá para cá? Se isso fizesse sentido, não usaríamos as máscaras descartáveis, usadas para proteção contra o próprio coronavírus, que são produzidas originalmente em territórios chineses.
Falar, criticar, defender sua tese, não é problema nenhum, pelo contrário, é louvável, pois o Brasil precisa mesmo de sujeitos críticos, mas é preciso ter base do que se fala e para fundamentar uma crítica, é preciso estudar, pesquisar sobre o assunto e estar seguro do que se critica para não passar vergonha com a própria fala.
Ser sujeito crítico tem suas vantagens e uma delas é que este não é facilmente enganado, principalmente pelas mídias e demais fontes de manipulação oriundas das classes elitizadas, enquanto, o critiqueiro, só leva desvantagem, visto que, este aceita tudo e vive igual papagaio repetindo aquilo que ouviu e acha que lhe convém, quando na verdade, em determinados casos, está defendendo algo até contra si próprio, já que não sabe o que fala por falta de conhecimento ligado a uma base teórica concreta confiável.