Na semana passada, vi em uma rede social uma postagem que trazia a seguinte mensagem: “Salário mínimo paga R$ 34,83 por dia. O dia de trabalho de um cidadão de bem que ganha um salário mínimo, não vale 1 kg de carne moída de baixa qualidade”
Abaixo da citação, a foto capturada de um quilo de carne moída (patinho bovino) com o adesivo do preço de R$ 39,78, impresso, anexado ao pacote. Isso me induziu a pesquisar e aprofundar no assunto e a conclusão que tirei, é que o internauta, dono da postagem acima citada, está coberto de razão. Ou seja, a realidade de um dia de salário do trabalhador (assalariado) não permite que ele consuma um quilo desse produto.
Analisando preços da mesma mercadoria da postagem em supermercados próximos a mim, encontrei esses produtos com valores de R$ 34,98, R$ 37,98 e R$ 39,89.
Como diziam os mais velhos: “em que mundo nós estamos?”. O valor correspondente a um dia de trabalho de um assalariado não compra um quilo de carne para seu próprio consumo. Eu, particularmente, acho isso muito estranho e mais estranho ainda, a recepção do próprio trabalhador não estranhar tal fato.
Sei que muita gente pode ler essa matéria e estranhar meu estranhamento sob a tese de que estamos no ano 2021 e a tendência é mesmo o reajustamento dos produtos que consumimos, porém, analise o percentual do reajuste que tem o salário mínimo anualmente (reajuste único) e o percentual da readaptação de valores que tem um quilo de carne e a quantidade de vezes que se sobe o preço desse produto no mesmo período (um ano).
Se eu estou ultrapassado com essa fala, o salário mínimo também está e apenas os valores das coisas vendidas (como a carne, por exemplo) são quem acompanham a atualidade.
As festas de fim de ano vêm aí. Os “churrascões” de Natal e Réveillon já estão programados, inclusive por muitos trabalhadores assalariados... Enquanto isso, os supermercadistas e donos de açougues estão rindo de orelha a orelha. Dessa forma, a alegria momentânea de muitos é a felicidade constante de poucos...